"Alguns membros teriam preferido não aumentar as taxas de juro até que as tensões nos mercados financeiros tivessem diminuído e conduzir uma reavaliação global da situação na próxima reunião de política monetária do conselho do BCE em maio", disse o BCE.
Os membros do conselho do BCE a favor de esperar até maio argumentaram que "os mercados eram voláteis" e que os riscos para a estabilidade financeira não tinham desaparecido.
Consideraram também que o risco de não aumentar as taxas de juro era "muito menos grave" do que os riscos associados ao aumento numa crise persistente.
Argumentaram que "um aumento de 50 pontos base exerceria um efeito de contenção muito mais forte se a economia já estivesse a sofrer os efeitos secundários do 'stress' financeiro", acrescentam as atas.
Recordaram tempos no passado em que o BCE aumentou as taxas de juro e, pouco depois, teve de recuar.
Mas "uma grande maioria (do conselho do BCE) concordou com a proposta do economista-chefe do BCE, Philip Lane, de aumentar as taxas diretoras em 50 pontos base", acrescenta a ata.
Esta maioria reconheceu que a incerteza tinha aumentado e que a decisão tinha de ser tomada "sobre informação imperfeita", mas considerou que a inflação era demasiado elevada.
Globalmente, uma grande maioria dos membros do conselho do BCE considerou que um aumento de 50 pontos base era "proporcional".
Em 16 de março, o BCE aumentou as taxas de juro em meio ponto para 3,5% e a facilidade de depósito para 3%.
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