O Governo avançou com uma queixa-crime contra Frederico Pinheiro, até recentemente adjunto do gabinete do ministro das Infraestruturas, João Galamba, mas que foi agora exonerado do cargo, segundo noticia a CNN Portugal.
Em causa está o facto de, segundo reporta a estação televisiva, Frederico Pinheiro ter levado dois computadores do Estado para casa. Um deles continha, inclusive, informação classificada.
A Polícia Judiciária (PJ) foi depois mobilizada para encetar buscas para recuperar os computadores, missão que terá sido bem-sucedida. Os aparelhos já foram, segundo a CNN Portugal, devolvidos ao Ministério das Infraestruturas.
A SIC noticia, por sua vez, que o ex-adjunto se deslocou ontem ao Ministério das Infraestruturas para ir buscar "à força" um portátil que usava e que alega ser seu. Porém, os serviços da tutela recusaram esse pedido, dizendo que o aparelho pertence ao gabinete do atual ministro. À estação televisiva, fontes deram conta de que o momento foi "tenso" e que Frederico Pinheiro partiu, inclusive, um vidro antes de levar consigo o computador.
Foi Frederico Pinheiro que esteve presente, em representação do Ministério das Infraestruturas, na reunião secreta de preparação da ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, para as perguntas na Comissão Parlamentar de Economia, em janeiro passado. Foi também o mesmo que tirou as notas posteriormente entregues ao ministro responsável pela pasta e que foram, já ontem, divulgadas pela SIC Notícias.
A exoneração de Frederico Pinheiro foi formalizada na quarta-feira, segundo a informação avançada pelo gabinete de João Galamba à agência Lusa.
Segundo a mesma resposta, "conforme descrito no despacho a publicar em Diário da República, o adjunto em causa adotou 'comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades inerentes ao exercício das suas funções num gabinete ministerial'".
Frederico Pinheiro é visado na troca de informações divulgada na comunicação social, na quinta-feira, sobre a polémica na TAP.
[Notícia atualizada às 16h42]
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