FMI valida programa de 191 milhões de dólares para a RCA
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje que validou um programa de ajuda destinado à República Centro-Africana, no montante de 191 milhões de dólares, para "evitar uma crise humanitária" no país.
© Shutterstock
Economia RCA
O conselho de administração do Fundo já aprovou o programa, que abre caminho para libertar uma primeira tranche de 15,2 milhões de dólares.
O FMI precisou, em comunicado, que o programa "contém garantias importantes do Governo sobre a utilização dos fundos".
A prioridade deverá ser dada às "despesas prioritárias nos serviços públicos de base, como a saúde e a educação".
O programa prevê, por outro lado, uma série de reformas consideradas essenciais, nomeadamente o reforço da administração fiscal, a fim de acabar com as isenções nesta área e limitar os projetos relacionados com as criptomoedas.
A República Centro-Africana decidiu em abril de 2022 adotar a bitcoin como moeda oficial, a par do franco CFA, tornando-se no segundo país, a seguir às Honduras a fazer esta escolha.
O FMI havia já apelado para a necessidade de um "quadro legislativo, transparência financeira e governação bem definidos" para permitir o sucesso de um tal projeto.
"A Centro-Africana foi confrontada com uma confluência de choques ligada à pandemia, à insegurança interna e à guerra russa na Ucrânia. A consequência é um aumento das necessidades humanitárias e a insegurança alimentar crescente, com mais de três milhões de pessoas afetadas", numa população de 5,5 milhões de habitantes, explicou o diretor geral adjunto, Kenji Okamura, citado no comunicado.
Já de si desestabilizado pela situação da segurança interna, o país também tem de lidar com a chegada de refugiados sudaneses, que fogem dos combates em curso entre o exército e as forças paramilitares.
Cerca de 3.000 pessoas atravessaram hoje a fronteira, de acordo com o gabinete de coordenação humanitária da ONU na Centro-Africana.
Este é, na avaliação da ONU, o segundo país menos desenvolvido no mundo e palco, desde 2013, de uma guerra civil fatal, que diminuiu de intensidade a partir de 2018.
Leia Também: RCA. Arcebispo de Bangui afirma que "muçulmanos e católicos estão juntos"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com