Easyjet quer melhorar condições dos trabalhadores mas pede "bom senso"

O diretor-geral da Easyjet em Portugal, José Lopes, assumiu hoje que a empresa está empenhada em "melhorar as condições" dos seus trabalhadores em Portugal, mas pede "bom senso" para garantir a sustentabilidade da operação.

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Lusa
03/05/2023 13:56 ‧ 03/05/2023 por Lusa

Economia

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"Estamos empenhados em melhorar as condições de todos os nossos colaboradores em Portugal, mas temos de continuar a usar o bom senso para que este projeto possa continuar e compreendemos que existe quem não queira que isto aconteça, quem exige que não continue e que não cresça", disse José Lopes na Comissão Trabalho, Segurança Social e Inclusão.

De acordo com o 'country manager' da Easyjet para Portugal, a empresa afasta o que disse terem sido as propostas apresentadas pelos sindicatos, com aumentos iguais ou superiores a 60%.

Na mesma comissão, numa audição realizada mais cedo, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) assinalou que os trabalhadores da Easyjet em Portugal recebem cerca de menos 60%, em média, que os restantes trabalhadores da empresa na Europa.

Ana Dias, diretora do sindicato, registou que o SNPVAC não pretende aumentos que igualem esses valores, mas pede "um aumento que, pelo menos, acompanhe o crescimento da Easyjet aqui em Portugal".

Perante estas declarações, José Lopes disse que a empresa já apresentou "quatro propostas diferentes", contra duas do sindicato, e que uma delas consagra oscilações em várias modalidades entre os 18% e os 40%.

"Continuam nestes valores que são completamente irrealistas e que põem em causa o futuro da nossa empresa em Portugal", detalhou o 'country manager' da Easyjet, que remeteu para as declarações do sindicato na audição anterior.

"Ainda há pouco, na audição anterior, ouvi dizer que o SNPVAC não quer aumentos de 60%, quer aumentos relacionados com o aumento do custo de vida, então assinamos já o contrato", garantiu José Lopes.

De acordo com o gestor, do lado da Easyjet "essa abertura existe", e remeteu para o Acordo de Empresa, que tem "uma proposta de mais 8% no primeiro ano e na ordem dos 20% a três anos, bem acima daquilo que é a inflação".

"Nós queremos continuar a melhorar as condições das pessoas que trabalham connosco, se não o fizéssemos não conseguíamos crescer mais do dobro desde a pandemia para cá", garantiu o responsável da empresa.

Uma destas propostas contempla, segundo o responsável, aumentos entre os 18% e os 30% no caso dos contratos a tempo completo e entre os 29% e os 40% nos casos dos contratos a tempo parcial, a três anos.

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