O desembolso foi aprovado após a primeira missão de avaliação, realizada em março, ao abrigo do Programa de Crédito Alargado com a Guiné-Bissau, aprovado em janeiro, num montante de 47,9 milhões de dólares (43,7 milhões de euros).
"Tenho o prazer de informar que o conselho de administração do FMI concluiu, em 08 de maio de 2023, a primeira revisão no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado com a Guiné-Bissau. Hoje, pela primeira vez, testemunhei a aprovação de um programa de revisão com desembolso sem discussão formal do conselho de administração", refere, em carta dirigida ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, divulgada à imprensa, Facinet Sylla, administrador do FMI para 23 países, incluindo a Guiné-Bissau.
Segundo o responsável do FMI, o "desempenho do programa foi tão apreciado que o conselho de administração tomou aquela decisão".
"A sua liderança e compromisso, sem dúvida, desempenharam um papel essencial para alcançar resultados tão impressionantes, mesmo sob condições adversas e difíceis", acrescenta Facinet Sylla na carta divulgada à imprensa.
Em declarações aos jornalistas, após um encontro com o Presidente guineense, o vice-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Soares Sambu, afirmou que aquele "gesto não é muito habitual" no país, ou seja, o "reconhecimento do trabalho".
"Recebemos este gesto com humildade e orgulho, porque não foi nada fácil tomar um conjunto de medidas restritivas que afetaram um bom número de cidadãos, mas que foi preciso ter coragem política e determinação", disse Soares Sambu.
O ministro das Finanças guineense, Ilídio Té, salientou que aquele voto de confiança significa "maior responsabilidade".
"Não há margem para erros. É um orgulho para todos os filhos da Guiné-Bissau", acrescentou.
O ministro das Finanças relembrou também que a próxima avaliação do programa foi antecipada para maio devido à realização de legislativas a 04 de junho.
A Guiné-Bissau já tinha recebido em janeiro um desembolso de 3,2 milhões de dólares (2,9 milhões de euros).
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