Segundo a página do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública na agência Bloomberg, na oferta de troca de hoje foram recomprados 353 milhões de euros em "OT - 5.65% 15fev2024" a 101,895% e 522 milhões de euros em "OT - 4.125% 14abr2027" a 105,291%.
Em relação às vendas, o IGCP vendeu hoje 466 milhões de euros em "OT - 1.65% 16jul2032" a 87,85% e 409 milhões de euros em "OT - 1.15% 11abr2042" a 66,21%.
Além de uma maturidade mais curta, as obrigações que o IGCP se propõe comprar têm juros mais elevados do que os das obrigações que pretende vender.
Comentando os resultados da operação de hoje, o diretor de investimentos do Banco Carregosa, Filipe Silva, afirmou que o movimento de subidas de taxas de juro tem sido mais rápido do que se esperava, numa batalha que os bancos centrais travam contra a elevada inflação.
"Portugal ao vender dívida de longo prazo, acaba por se defender para possíveis taxas mais longas que se possam vir a verificar no futuro e retira pressão da amortização que iria ter de fazer em 2024", adianta Filipe Silva, sublinhando que "na perspetiva do investidor, este consegue trocar o investimento em dívida soberana portuguesa com 'yields' mais baixas para outro com o mesmo risco e taxas mais elevadas".
Também prova que os investidores acreditam em Portugal e no risco do mesmo, uma vez que estão a estender a maturidade dos seus investimentos, conclui.
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