Bruxelas revê em alta crescimento do PIB português para 2,4% este ano
Bruxelas reviu hoje em alta a projeção de crescimento da economia portuguesa deste ano para 2,4%, a terceira maior taxa da zona euro, ajudada pelo turismo, revelando-se mais otimista do que o Governo.
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Economia previsões
Nas previsões económicas de primavera, a Comissão Europeia melhorou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português para este ano face aos 1% previstos em fevereiro e manteve inalterada a previsão de uma taxa de 1,8% para 2024.
A previsão coloca Portugal no 'top três' dos países da zona euro com a maior taxa de crescimento deste ano, a par da Grécia, apenas ultrapassados pela Irlanda (5,5%) e por Malta (2,4%).
O cenário coloca também o PIB português a crescer acima da média da zona euro (1,1% este ano e 1,6% em 2024) e da União Europeia (1% este ano e 1,7% em 2024).
O executivo comunitário está, assim, mais otimista do que o Governo português, que no Programa de Estabilidade, entregue em abril, aponta para uma taxa de crescimento de 1,8% este ano.
Os números do Governo foram, contudo, entregues antes do Instituo Nacional de Estatística (INE) divulgar que o PIB cresceu em termos homólogos 1,6% no primeiro trimestre deste ano, o que Bruxelas destaca ter-se fixado "fortemente acima das taxas registadas nos três trimestres anteriores".
A Comissão Europeia dá nota de que a procura interna manteve-se fraca neste período, "uma vez que o consumo privado foi condicionado pela diminuição do poder de compra das famílias em trimestres anteriores e os investidores foram confrontados com taxas de juro mais elevadas", pelo que "o setor externo foi o principal motor", beneficiando da recuperação nas cadeias de abastecimento globais e de uma melhoria na balança externa.
Apesar de prever que o crescimento enfraqueça no segundo trimestre, Bruxelas acredita que irá melhorar nos trimestres seguintes, com uma recuperação gradual do consumo.
O crescimento do investimento também deverá melhorar, assinala, já que a queda nos preços globais das matérias-primas e a recuperação nas cadeias de abastecimento globais, juntamente com os fundos da UE, devem compensar o impacto negativo de taxas de juros mais altas.
A Comissão prevê que as exportações de bens e serviços cresçam 5,4% este ano e 3,2% em 2024 e as importações aumentem 3,3% este ano e 3,6% em 2024.
[Notícia atualizada às 10h32]
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