Meteorologia

  • 15 NOVEMBER 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 18º

Crise energética? Governo admitiu acabar com os apoios públicos em 2024

O Governo disse hoje que seguirá "a orientação geral" dada aos países da União Europeia (UE) relativamente à crise energética, mas admitiu acabar com os apoios públicos em 2024, se não se justificarem, como previsto pela Comissão Europeia.

Crise energética? Governo admitiu acabar com os apoios públicos em 2024
Notícias ao Minuto

16:16 - 15/05/23 por Lusa

Economia Crise energética

"Nós seguiremos a orientação geral que tem sido estabelecida para os vários países e que corresponde ao facto de [...] que os preços já estão mesmo inferiores aos preços que tínhamos antes do conflito", da guerra da Ucrânia, disse o ministro das Finanças, Fernando Medina, em Bruxelas.

"Os preços estão de facto a níveis já inferiores àqueles que existiam antes do conflito, isto é, que motivaram a existência dos apoios públicos e é importante nós agirmos assim, isto é, irmos reduzindo os apoios quando eles deixam de ser necessários", acrescentou.

Nas previsões económicas de primavera da Comissão Europeia, hoje divulgadas, a instituição indica que o custo orçamental líquido das medidas de apoio à energia equivale a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, em comparação com 2,0% em 2022, mas não faz uma estimativa para 2024, assumindo o fim de tais ajudas.

Para Fernando Medina, o executivo português deve avançar com "apoios quando eles são necessários e nos sítios que eles são necessários".

"Por exemplo, hoje são menos necessários na área de energia, mas foram, por exemplo, necessários na área alimentar", daí a "redução do IVA no cabaz fundamental dos bens alimentares", apontou o ministro da tutela.

Segundo o governante, "é assim que a política económica deve ser gerida".

A Comissão Europeia prevê que o défice português diminua para 0,1% este ano, o menor da zona euro, o melhor resultado à exceção dos excedentes previstos para a Irlanda e Chipre, estando mais otimista do que o Governo, foi hoje divulgado.

Nas previsões económicas de primavera, Bruxelas aponta para uma redução do défice português de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 para 0,1% este ano e 2024.

A projeção coloca Portugal como o país com o menor défice da zona euro e da União Europeia (UE) este ano, um resultado orçamental apenas ultrapassado pelos excedentes projetados para Irlanda (1,7%) e Chipre (1,8%) -- e pelos 2,3% previstos para a Dinamarca.

O quase equilíbrio previsto por Bruxelas compara com o défice de 0,4% este ano e de 0,2% em 2024 esperado pelo Governo português, no Programa de Estabilidade, entregue em abril.

O executivo comunitário espera que o crescimento dinâmico das receitas públicas continue em 2023 e diminua ligeiramente em 2024.

Prevê ainda uma queda do rácio da dívida pública face ao PIB de 113,9% em 2022 para 106,2% em 2023 e para 103,1% em 2024.

Também hoje, a Comissão Europeia disse ainda ter não recebido o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) revisto de Portugal para reprogramação das verbas e dos projetos, mas garantiu estar em cooperação com as autoridades portuguesas e não antever "problemas específicos".

Questionado sobre esta situação, Fernando Medina sublinhou que "Portugal é um dos países que está mais avançado na execução do seu PRR".

"A reprogramação do PRR seguirá exatamente o seu caminho, o seu calendário, a sua forma", adiantou, sem especificar.

Leia Também: Corrida aos certificados de aforro? Medina mexe no teto do endividamento

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório