Na audição na comissão parlamentar de inquérito à TAP, Frederico Pinheiro reagiu ao comunicado de cinco elementos do gabinete de João Galamba, divulgado durante a audição, no qual o acusaram de mentir ao parlamento e reiteraram que foram agredidas duas pessoas em 26 de abril, bem como que a videovigilância mostrará o "estado de cólera" de Frederico Pinheiro.
"Eu acho indecente continuar a assistir a estes ataques pessoais e com a ameaça velada de divulgar imagens de videovigilância", referiu o antigo adjunto, acrescentando que gostaria que existissem este tipo de imagens do quarto piso do edifício.
Mais à frente, Frederico Pinheiro afirmou que "não pode acontecer de forma recorrente" colocar "informação seletiva cá fora" para o "tentar desacreditar" publicamente, defendendo que os "ataques pessoais são deploráveis".
"Com certeza que o que acontece no piso 0 não é uma pessoa tranquila. Estava muito aflito porque estava sequestrado", assumiu.
Apesar de não ser jurista, o ex-adjunto disse que, com base em "todos os contactos que tem tido, é claro que tinha direito a entrar no Ministério das Infraestruturas" depois de ter sido despedido pelo telefone por João Galamba.
Frederico Pinheiro reiterou que foi "sequestrado dentro do ministério" e foi por isso que chamou a polícia.
O também jornalista disse saber que há vários dias "existe pressão" do ministério para arranjar essas imagens.
"As imagens, a existirem, são imagens do piso zero depois de ter sido manietado e depois de o segurança me dizer que não podia sair", disse.
Frederico Pinheiro reiterou que não foi partido qualquer vidro.
Durante esta audição, o líder do Chega, André Ventura, anunciou e entregou um requerimento para solicitar imagens provenientes do sistema de videovigilância nas instalações do Ministério das Infraestruturas, na noite de 26 de abril.
O adjunto exonerado mostrou-se disponível para "a divulgação de toda a informação", mas "garantindo que é toda e não apenas informação parcial".
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