Corrida aos certificados de aforro? Governo poderia "interromper" emissão
Economista João Moreira Rato defende que o Estado não deveria ter mais do que 15% da sua dívida em produtos com taxas variáveis.
© Reuters
Economia Certificados de Aforro
O economista João Moreira Rato defende que o Governo deveria 'travar' a corrida aos certificados de aforro, interrompendo a sua emissão. Isto, numa altura em que o investimento neste produto continua a aumentar.
"Pode-se anunciar ao público que vão ter mais três meses [para subscrever certificados de aforro] e que depois, apenas estará disponível um montante mais pequeno, ou então interromper a emissão de Certificados durante três ou quatro meses para reiniciar mais tarde, mas com um aviso prévio", disse o economista que já liderou o IGCP, em declarações à CNN Portugal.
O economista considera que a "dívida a taxa variável provavelmente não deveria ser muito mais do que 15% do total".
Vale lembrar que o investimento em certificados de aforro já superava os 30 mil milhões de euros até abril, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) na semana passada.
A corrida aos certificados de aforro tem vindo a superar "amplamente" as previsões, o que levou o Governo a rever os limites do endividamento, de acordo com um despacho publicado em Diário da República.
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