Em comunicado de imprensa pelas 12:20 (hora de Lisboa), a Easyjet indica que registou "até ao momento um impacto de 60%, ou seja, 40% dos tripulantes apresentaram-se ao serviço".
No caso do aeroporto de Faro, diz que a adesão foi de 40%.
A empresa diz que "este número é relativo aos tripulantes portugueses escalados para os voos - que o SNPVAC tem referido como cancelados - a quem foi atribuído trabalho no escritório".
Já segundo o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), num balanço ao início da manhã, é de 100% a adesão à greve, referindo que foram cancelados oito voos em Faro, 40 em Lisboa e 30 no Porto.
De acordo com o presidente do SNPVAC, Ricardo Penarroias, a empresa assumiu que o impacto da greve seria de 100% e, por isso, cancelou voos antecipadamente, estando apenas com os serviços mínimos. O dirigente sindical disse que nem todos os voos de serviços mínimos a empresa está a conseguir cumprir.
"A própria empresa cancelou voos, excetuando serviços mínimos. Se cancela 386 voos em cinco dias, depois não pode vir dizer que a adesão é de 60%", afirmou o dirigente sindical.
Os tripulantes de cabine da Easyjet cumprem hoje o terceiro dia de uma greve prevista para fim de maio e início de junho (26, 28 e 30 de maio e 01 e 03 de junho), num total de cinco dias, acusando a transportadora de "precarização e discriminação" face aos outros países.
O SNPVAC diz que as negociações estão num impasse e que a empresa considera os tripulantes das bases portuguesas "trabalhadores menores" perpetuando a sua "precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países".
Quando a paralisação foi marcada, a Easyjet disse ter ficado "extremamente desapontada" com a convocação da greve, considerando a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% "impraticável", e anunciou que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.
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