Número de desempregados a nível mundial deve baixar em 2023

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) espera que o número mundial de desempregados registe uma diminuição de um milhão em 2023, depois de ter previsto inicialmente um aumento, de acordo com um relatório hoje publicado.

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Lusa
31/05/2023 16:38 ‧ 31/05/2023 por Lusa

Economia

Trabalho

"Segundo as últimas estimativas da OIT, a taxa de desemprego no mundo deve baixar 0,1 ponto percentual" ficando em 5,3%, indicou a organização com sede em Genebra.

O número de pessoas sem emprego deve passar de 192 milhões em 2022 para 191 milhões em 2023, quando ainda em janeiro a OIT antecipava um aumento de três milhões de desempregados.

Apesar da surpresa positiva que esta revisão representa, a situação "reflete uma resiliência mais forte do que o previsto dos países com rendimentos elevados em vez de uma recuperação generalizada", afirmou a OIT.

Algumas regiões do mundo, principalmente países de mais fracos rendimentos, ainda não baixaram as taxas de desemprego para os níveis que tinham em 2019, antes da pandemia de covid-19.

É esse o caso do norte de África (11,2% de desemprego esperado em 2023 contra 10,9% antes), da África subsaariana (6,3% contra 5,7%) ou ainda de países árabes (9,3% contra 8,7%).

"Muitos países em vias de desenvolvimento permanecem muito atrasados no processo de recuperação" de emprego após a pandemia, afirmou em conferência de imprensa Mia Seppo, subdiretora-geral para o emprego e a proteção social na OIT.

Esses Estados, "que já têm as pessoas mais vulneráveis", estão confrontados com uma conjugação de desafios, incluindo "uma inflação elevada, taxas de juro altas e um risco acrescido de dificuldades em relação às dívidas", acrescentou.

Ao contrário, "outras regiões do mundo como América Latina, Caraíbas, Europa do Norte, Ocidental e do Sul e Ásia Central e Ocidental conseguiram fazer recuar as taxas (de desemprego) para níveis mais baixos do que os níveis de antes da crise", observou a OIT.

Os países onde a taxa de desemprego não recuou para os níveis de 2019, em particular os mais endividados, "precisam urgentemente de apoio (...) internacional e de uma coordenação multilateral para combaterem défices persistentes em matéria de emprego e desigualdades crescentes", referiu a OIT.

Leia Também: Taxa de desemprego diminuiu para 6,8% em abril

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