O atual secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, disse esta sexta-feira que não teve qualquer intervenção no pagamento de 55 milhões de euros pagos a David Neeleman em 2020 e que, por isso, não consegue acrescentar "informação objetiva" sobre o tema.
"Não tive qualquer intervenção nesse processo", respondeu João Nuno Mendes, que está a ser ouvido na comissão de inquérito à TAP, enquanto ex-secretário de Estado do Tesouro (março a dezembro de 2022) e das Finanças (junho de 2020 a março de 2022). "Não tenho nenhuma informação objetiva a prestar sobre essa matéria", acrescentou.
Recorde-se que, na quinta-feira, o ex-secretário de Estado Sérgio Monteiro considerou "anormal" que o Estado tenha pagado 55 milhões de euros a David Neeleman em 2020 para ele se livrar dos problemas da TAP, que ficaram para os contribuintes.
"Tive responsabilidades não como membro do Governo na coordenação do grupo de trabalho que visava encontrar uma solução para auxílio à TAP, com prazo apertado, e portanto foi um trabalho que fiz em maio 2020 até tomar posse como secretário de estado das Finanças. Depois não tive responsabilidades relativamente à TAP, só tive entre abril e novembro de 2022, por um período de oito meses", começou por explicar João Nuno Mendes.
João Nuno Mendes coordenou o grupo de trabalho criado para a negociação do auxílio de emergência à TAP entre maio e 15 de junho de 2020, altura em que iniciou funções como secretário de Estado das Finanças do 22.º Governo Constitucional, na equipa ministerial de João Leão.
Já no atual Governo de maioria absoluta do PS, João Nuno Mendes integrou a equipa de Fernando Medina, inicialmente a desempenhar funções de secretário de Estado do Tesouro, entre março e dezembro de 2022.
Pode ver a audição em direto aqui.
[Notícia em atualização]