Proposto reforço da dotação dos bairros comerciais digitais em 25 milhões

O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa afirmou hoje que foi proposto a Bruxelas o reforço da dotação e o universo de bairros comerciais digitais "de 50 para 75, com 25 milhões de euros adicionais".

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© João Manuel Ribeiro/Global Imagens

Lusa
14/06/2023 11:53 ‧ 14/06/2023 por Lusa

Economia

Mário Campolargo

Mário Campolargo falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito de uma audição regimental.

"Posso ainda referir os bairros comerciais digitais, que criarão áreas comerciais digitais em centros urbanos, suburbanos ou rurais, promovendo a dinamização das localidades e a coesão territorial", afirmou o governante.

Trata-se de "uma medida que suscitou tal interesse que propusemos recentemente à Comissão Europeia reforçar a dotação e o universo de bairros comerciais digitais de 50 para 75, com 25 milhões de euros adicionais aos 50 milhões inicialmente previstos", acrescentou.

Em 22 de maio, Mário Campolargo tinha anunciado que "a meio do ano" Portugal deveria receber da União Europeia um reforço de "mais de 30% dos 50 milhões de euros" destinados inicialmente aos bairros digitais.

A medida Bairros Comerciais Digitais tem como objetivo promover a digitalização da economia, quer através da adoção tecnológica por parte dos operadores económicos e pela digitalização dos seus modelos de negócio, quer pela sensibilização e capacitação dos trabalhadores e empresários, de acordo com o IPAMEI.

Na sua intervenção inicial, o secretário de Estado destacou a importância da experimentação e a testagem de produtos inovadores, como o que está ser feito através dos 30 'test beds' que vão permitir "o desenvolvimento de cerca de 3.000 produtos pilotos".

"Medidas que permitem o desenvolvimento da capacitação de 6.000 empresas até 2025, em vários setores e áreas temáticas, através dos 17 polos de inovação digital ('Digital Innovation Hubs') distribuídos pelo território e abrangendo, num investimento total de 82 milhões de euros", dos quais 60 milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Tratam-se de "medidas que promovem a experimentação, mas que também apoiam a adaptação dos modelos de negócio das empresas ao digital, através dos 90 milhões de euros em 'vouchers' para 'startups', e 20 milhões de euros em vales para incubadoras e aceleradoras, entre as quais as aceleradoras do Comércio Digital, que irão ter um papel fundamental em tornar as empresas mais digitais", prosseguiu.

"E não posso deixar de mencionar os cerca de 100 milhões de euros para a Inteligência Artificial investidos nas Agendas Mobilizadoras, um domínio onde as oportunidades são muitas e, como tal, queremos tirar o máximo proveito", sublinhou Mário Campolargo, dando o exemplo de "políticas públicas ativas para a promoção de um Portugal mais empreendedor e, por isso, mais inovador".

Além disso, "no desenho e implementação destas políticas, assim como no acompanhamento que delas fazemos, procuramos trabalhar em proximidade com os empreendedores, os centros de investigação, as incubadoras e aceleradoras, e todas aquelas e aqueles dispostos a investir num Portugal com um tecido empresarial e industrial competitivo, com melhores salários, melhores empregos e criação de valor acrescentado".

Este "é o Portugal que queremos e que fazemos acontecer. E temos vindo a fazê-lo bem", rematou.

O secretário de Estado reforçou que entre 2020 e 2023 "Portugal subiu cinco posições no Global Startup Ecosystem Index", segundo o qual "Lisboa é o 'hub' mais ativo do país, e está já à frente de cidades como Viena ou Bruxelas a nível global, enquanto o Porto, por exemplo, está no 'top' 100 global das cidades para o setor 'fintech'".

Salientando que os resultados "não se traduzem apenas em 'rankings', mas sim em valores concretos para a economia", apontou que as exportações portuguesas de serviços TIC [tecnologias de informação e comunicação] aumentaram de 5% para 12% nos últimos seis anos, sendo o número de postos de trabalho nesta área cinco vezes superior ao de 2015".

Leia Também: França fala em "vasta operação" de interferência russa nos media europeus

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