"O Norte é, efetivamente, um motor fundamental do crescimento da economia, do investimento em investigação e desenvolvimento, da inovação, da capacidade exportadora. Portanto, o que acontece ao conjunto do país depende muito, obviamente, do sucesso dessa região", disse António Costa no encerramento da sessão da manhã, que decorreu no Europarque, em Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro).
Perante uma plateia cheia, no centro de congressos, António Costa já tinha salientado que o Programa Operacional (PO) Norte 2030, hoje apresentado a milhares de autarcas, funcionários das administrações públicas, empresas e membros da comunidade científica, "é, de longe, o PO regional com maior peso", estimando-o em 43% "da totalidade das verbas alocadas aos PO regionais".
António Costa considerou essa proporção como algo "decisivo para o país", face à importância do Norte no contexto nacional.
"Esta estratégia Norte 2030 e os seus três 'is' - industrialização, internacionalização e inovação -- estão particularmente alinhados com aquilo que são os grandes objetivos, também, do desenvolvimento a nível nacional no horizonte 2030", frisou o chefe do Governo.
António Costa lembrou que "o primeiro grande objetivo é garantir uma década de convergência com a União Europeia", levando a que Portugal tenha de crescer durante 10 anos consecutivos acima da média europeia.
"É assim que tem acontecido desde 2016", com a exceção de 2020 devido à pandemia de covid-19, assinalou, querendo assegurar que Portugal continua a "aproximar-se dos países mais desenvolvidos".
"Para isso, a convergência da região Norte com o conjunto do país é também absolutamente decisiva, porque um dos fatores que nos tem permitido convergir com a União Europeia tem sido, precisamente, o facto de a região Norte também estar a convergir com o conjunto do país", referiu.
António Costa lembrou que o Norte "foi uma das regiões mais afetadas pelo choque competitivo que o país sofreu na viragem do século, e que fez com que a região Norte tenha regredido, em termos de convergência, durante muitos anos".
"Agora está num forte processo de aceleração, já era visível em 2019, e infelizmente ninguém vai poder saber o que é que teria acontecido se não tivéssemos tido a covid. A verdade é que passado a covid, retomou claramente esse ritmo, e isso é absolutamente fundamental", frisou.
Assim, para atingir a convergência, "é preciso que a estratégia o possa apoiar", alicerçadas no aumento de 25% das empresas exportadoras e na modernização do tecido produtivo nacional, bem como no aumento das qualificações da população, afirmou.
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