A Altice anunciou hoje que o co-CEO, Alexandre Fonseca, suspendeu as suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, incluindo as posições de 'chairman' em diversas filiais.
Contactado pela Lusa, o representante do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal (STPT) adiantou que a reunião terá lugar cerca das 17:30, na sede da dona da Meo, em Picoas, Lisboa, onde marcarão presença os sindicatos afetos à empresa e a Comissão de Trabalhadores.
Os sindicatos querem a garantia de "estabilidade social e laboral" e que "os direitos dos trabalhadores sejam mantidos", quer para os que estão no ativo, como os que estão em pré-reforma ou com suspensão do contrato.
Alexandre Fonseca deixou a presidência executiva da Altice Portugal em abril do passado, passando a ter funções executivas internacionais no grupo, acumulando com o cargo de 'chairman' na subsidiária portuguesa.
É desde março 'chairman" da Altice USA.
A "operação Picoas", desencadeada em 13 de julho, levou a três detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).
Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).
Em causa, alegadamente, está uma "viciação do processo decisório do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência", que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva.
As autoridades consideram que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba "superior a 100 milhões de euros".
Em 02 de junho de 2015, a Altice concluiu a compra da PT Portugal.
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