"O resultado líquido atribuível aos acionistas da NOS reduziu-se 5,7% para 80,5 milhões de euros, dado o crescimento acentuado das depreciações e amortizações como resultado dos contínuos investimentos que a empresa tem vindo a realizar, bem como pelo aumento das taxas de juro na estrutura de custos e devido ao atual contexto macroeconómico", explica a empresa liderada por Miguel Almeida.
As receitas consolidadas "cresceram 4,5% para 775,2 milhões de euros", refere a NOS, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As receitas de telecomunicações subiram 3,5% para 746,6 milhões de euros, com o aumento do número de serviços, registando um "crescimento de 9% nos serviços móveis pós-pagos".
As receitas de cinema e audiovisuais cresceram 15,2% para 45 milhões de euros, sendo que nos cinemas "as vendas de bilhetes cresceram 36,8%, para 3,5 milhões".
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) consolidado cresceu 9,4% em termos homólogos, para 352,6 milhões de euros, "com o EBITDA das telecomunicações a atingir 331,3 milhões, mais 10,1% que no ano anterior".
Nos primeiros seis meses do ano, a NOS "registou um crescimento positivo na sua atividade, com uma performance operacional sólida, com o número de serviços a aumentarem 356 mil para cerca de 10,9 milhões".
No semestre, a NOS investiu "mais de 195 milhões de euros", menos 20% que nos primeiros seis meses de 2022 (244 milhões de euros).
"A expansão da cobertura 5G contribuiu para acelerar a transformação digital do país, num investimento que totaliza até ao momento cerca de 420 milhões de euros, prevendo-se mais 110 milhões de euros nos próximos anos", adianta a empresa.
No final de junho, a NOS contava com mais de 4.000 estações base 5G instaladas, "cobrindo mais de 90% da população portuguesa com 5G, valor que compara com 81% da população coberta com 5G na UE27".
No comunicado, a operadora adianta que "chega a mais 4,8% lares com a sua rede de fibra, atingindo 5,424 milhões lares cobertos, mais 248 mil face ao período homólogo".
Mais de dois terços (70%) dos lares "têm conetividade através de FttH, mais 13 pontos percentuais que no final do período homólogo".
A NOS refere ainda que o número de clientes convergentes "continua a aumentar, representando no final do semestre 68,4% dos clientes de base fixa" e "o número de serviços pós-pagos no móvel tem demonstrado uma progressiva evolução, totalizando já cerca de 64% da totalidade dos serviços".
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