"Este resultado beneficiou de um robusto desempenho operacional, da redução dos custos operacionais e da contribuição da atividade internacional", destacou a empresa, na mesma nota.
Segundo a REN, em comparação com o primeiro semestre de 2022, o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) aumentou 11,1% para 264,9 milhões de euros, "refletindo contribuições positivas tanto da atividade doméstica (+19,6 milhões de euros), como da atividade no Chile (+6,9 milhões de euros, via Transemel e Electrogas)".
A empresa revelou que, no período em análise, o 'capex' (investimento) aumentou 33 milhões de euros para 111,8 milhões de euros, um crescimento de 41,9%, "fruto do reforço da rede elétrica para ligação dos novos projetos na área da produção de energias renováveis".
A REN indicou ainda que "as transferências para a base de ativos regulados cresceram 11,1 milhões de euros".
No comunicado, a empresa deu conta de que "registou um aumento ligeiro do custo médio da dívida, de 1,66% para 2,37%, e uma subida de 6,2 milhões de euros na carga fiscal".
O recuo dos preços da eletricidade "contribuiu para uma baixa dos custos operacionais de 3,8% (-2,2 milhões de euros)", disse o grupo, isto "num período em que se registou uma subida dos custos com pessoal", que "reflete ajustes salariais resultado da inflação e um aumento de 3% do quadro de colaboradores do grupo REN para 725 funcionários", explicou.
Nos primeiros seis meses de 2023, a produção renovável abasteceu 61% do consumo, segundo a empresa, "repartida pela energia eólica (25%), hidroelétrica (23%), fotovoltaica (7%) e biomassa (6%)", sendo que a produção a gás natural "abasteceu 19% do consumo" e os restantes 20% "correspondem ao saldo importador".
Por fim, a REN fez o ponto de situação "da criação das condições técnicas necessárias às infraestruturas de rede, para o cumprimento das metas de descarbonização traçadas pelo Governo português".
Segundo a empresa, prosseguiram "trabalhos para adaptação da Rede Elétrica Nacional à ligação de novas centrais solares em fase de projeto ou construção", bem como para "a adaptação das infraestruturas de gás visando a obtenção de certificação, ainda em 2023, para a Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG) poder receber e transportar até um máximo de 10% de hidrogénio, numa primeira fase".
Estão também em desenvolvimento "os projetos para uma rede para hidrogénio verde em Sines, ligando produtores e consumidores locais e permitindo a injeção de hidrogénio na RNTG", rematou.
[Notícia atualizada às 17h42]
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