Lucros do BPI sobem 26% para 256 milhões no 1.º semestre

O BPI teve lucros consolidados de 256 milhões de euros no primeiro semestre, mais 26% do que no período homólogo, divulgou hoje o banco.

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Lusa
28/07/2023 12:15 ‧ 28/07/2023 por Lusa

Economia

BPI

Apenas na operação em Portugal, os lucros subiram 130%, para 199 milhões de euros, impulsionados pelo crescimento do produto bancário comercial (mais 50% face ao ano anterior, para 594 milhões de euros).

Noutras geografias, nos primeiros seis meses do ano, o Banco de Fomento Angola (BFA) contribuiu com cerca de 41 milhões de euros (-59%) e o moçambicano BCI com 17 milhões de euros (-2%) para este indicador.

Quanto aos resultados consolidados, a margem financeira -- diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos -- subiu 85%, para 435 milhões de euros.

Na apresentação dos resultados, em Lisboa, o presidente executivo do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, defendeu que o banco "mantém uma posição financeira sólida, assente num forte dinamismo comercial" que lhe tem permitido ter "uma maior rentabilidade" e a melhoria dos rácios de capital, liquidez e risco.

Ainda no primeiro semestre, as comissões líquidas aumentaram 2% em termos homólogos, para 147 milhões de euros.

Os custos de estrutura recorrentes aumentaram 13% para 250,5 milhões de euros, com os custos com pessoal, gastos gerais administrativos e amortizações a subirem, respetivamente, 7%, 24%, 5%.

Olhando para o balanço, os depósitos recuaram 1,4 mil milhões de euros em termos homólogos, cerca de 4%, para 28,4 mil milhões de euros, representando 73% do ativo.

Quanto à carteira de crédito, esta registou uma variação de 4% ao ano, subindo para 29,8 mil milhões de euros.

No final de junho, o crédito a particulares totalizava cerca de 16,2 mil milhões de euros, o crédito a empresas 11,2% e o crédito ao setor público 2,3 mil milhões de euros, todos com subidas, respetivas, de 4%, 2% e 13%.

No final de junho, o crédito malparado representava 2,0% do total (rácio de 'non performing loans' no nome técnico em inglês), apresentando uma cobertura de 152%.

Para fazer face a créditos problemáticos, nos primeiros seis meses do ano, o BPI registou imparidades de crédito líquidas de recuperações de 37 milhões de euros.

Em termos de rácios de capital, o rácio CET1 ('common equity tier 1') recuou em cadeia no semestre para 14,3%, o 'tier 1' para 15,8% e o de capital total para 18,2%.

No final de junho, o BPI contava com 4.378 trabalhadores, menos nove do que no final de 2022, e 318 unidades comerciais, menos seis do que no início do ano. No documento enviado à CMVM, o BPI nota que os valores foram ajustados pela venda da BPI Suisse.

Durante a apresentação dos resultados, João Pedro Oliveira e Costa afastou a necessidade de "uma intervenção ao nível geral".

"Não verificamos que o problema que possa advir das dificuldades da subida de taxas de juro no crédito de habitação seja generalizado a toda a carteira de crédito", afirmou, dizendo que considera "entendível, compreensível e desejável que o Governo tenha uma preocupação constante" pela população que possa ter uma maior dificuldade em momentos "um pouco fora do comum".

"É importante mantermo-nos atentos, é importante o Governo reforçar algumas medidas de apoio às famílias mais vulneráveis, mas eu entendo que não existe de fundo, sinceramente, um tema que mereça uma intervenção generalizada e imediata sobre este aspeto", acrescentou, defendendo que se aguarde até a realização de um 'repricing' de toda a carteira de crédito.

[Notícia atualizada às 15h47]

Leia Também: Lucros do CaixaBank sobem 35,8% no primeiro semestre para 2.137 milhões

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