Duarte Freitas, que falava em conferência de imprensa em Ponta Delgada, sobre a iniciativa Construir 2030, questionado sobre a idoneidade das duas candidaturas apresentadas ao processo de privatização da Azores Airlines, referiu que existe um júri cujos elementos "são à prova de bala em termos de credibilidade".
Além disso, existe uma comissão técnica de acompanhamento que merece "toda a credibilidade", acrescentou o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública.
"Estamos confiantes e seguros que, com este júri e a comissão técnica de acompanhamento, vai ser feita a triagem absolutamente necessária para aferir da viabilidade e compatibilidade dos vários concorrentes para depois se apresentar a solução que seja mais correta", disse Duarte Freitas.
Questionado se a existência de dois candidatos é satisfatório, o titular da pasta das Finanças declarou que "é aquilo que o mercado deu".
Duarte Freitas recordou que "já houve um concurso que deu zero candidatos", lamentando que quem lançou esse concurso - governo socialista -- "ainda se atreve a pronunciar-se" agora.
"O PS deveria ser o último partido a poder abrir a boca. Foi quem desgraçou a SATA e falhou um processo concursal, e ainda tem o desplante de falar", afirmou.
O concurso para a privatização da Azores Airlines recebeu duas propostas, apresentadas pelo Atlantic Consortium e pelo consórcio NewTour/MSAviation, que ofereceram 6,50 euros por cada ação da companhia responsável pelas ligações com o exterior dos Açores.
O anúncio foi feito durante o ato público de abertura das propostas referentes ao concurso público internacional para a privatização da transportadora, que decorreu na segunda-feira na sede do grupo SATA, em Ponta Delgada.
Segundo adiantou na altura o presidente do júri, Augusto Mateus, a primeira proposta, do NewTour/MSAviation, foi apresentada às 11:37 desse dia e pretende adquirir 760 mil ações, com um preço global de 4,940 milhões de euros (6,50 euros por cada ação).
Já a segunda proposta, do Atlantic Consortium, deu entrada às 11:43, com um preço total de 4,875 milhões de euros, oferecendo 6,50 euros por cada ação.
Face às semelhanças entre as duas propostas, o caderno de encargos prevê a realização de um novo ato público de forma a permitir aos concorrentes a alteração dos valores, ainda de acordo com o presidente do júri.
O novo ato público deverá decorrer na "próxima semana", conforme as "disponibilidades", admitiu Augusto Mateus.
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