Um relatório estatístico do Banco de Moçambique sobre a balança de pagamentos no primeiro trimestre, consultado hoje pela Lusa, explica que esta "evolução positiva registada nas receitas de exportação é justificada, essencialmente, pelo crescimento das vendas dos produtos exportados" pelos denominados Grandes Projetos (GP).
"Com ênfase para o setor da indústria extrativa", que inclui gás natural, areias pesadas e rubis, safiras e esmeraldas, que aumentaram 280,1 milhões de dólares (255 milhões de euros), enquanto os outros setores da economia, nomeadamente a indústria transformadora de alumínio e energia registaram decréscimos nas vendas em 140,7 milhões de dólares (127,6 milhões de euros) e 8,8 milhões de dólares (8 milhões de euros), respetivamente.
Globalmente, as exportações de bens por Moçambique renderam no primeiro trimestre mais de 1.699 milhões de dólares (1.542 milhões de euros), um incremento de 4,4 milhões de dólares (4 milhões de euros) quando comparado a igual período de 2022.
Excluindo os GP, os produtos agrícolas representaram para Moçambique receitas de 103,9 milhões de dólares (94,3 milhões de euros), menos 28,7 milhões de dólares (26 milhões de euros) face a 2022, "salientando-se os legumes e hortícolas, tabaco, algodão, açúcar e banana".
As exportações de carvão mineral representaram o principal encaixe com as exportações moçambicanas no primeiro trimestre, de 460,9 milhões de dólares (418,2 milhões de euros), ainda assim uma queda de 35,5% face ao mesmo período de 2022, seguido do gás natural, que rendeu 341 milhões de dólares (309,5 milhões de euros), um aumento homólogo de 70,1%, segundo o relatório.
Já as areias pesadas tiveram um retorno de 120,1 milhões de dólares (108,9 milhões de euros) de receitas devido ao acréscimo do volume exportado em cerca de 11%, enquanto o preço baixou em 9%.
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