O preço do arroz nos mercados internacionais está em máximos de mais de uma década e as previsões não são animadoras, já que o maior produtor mundial - a China - enfrenta riscos de chuvas e inundações, o que pressiona ainda mais o preço.
De acordo com a CNBC, que cita um relatório da agência Fitch, os níveis de alerta de inundação foram aumentados em três províncias chinesas, que são responsáveis por 23% da produção de arroz do país. São elas Inner Mongolia, Jilin e Heilongjiang.
A mesma publicação lembra que a China, que é a segunda maior economia do mundo, foi já afetada por fortes inundações nas últimas semanas.
Os danos ainda não estão contabilizados, mas as previsões revelam que os grãos dos campos inundados vão, provavelmente, reduzir o rendimento das plantações.
A CNBC lembra ainda que os preços globais do arroz atingiram o nível mais alto em quase 12 anos, de acordo com o 'Food and Agriculture Organization All Rice Price Index'.
Além disso, outros analistas estimam que os preços vão continuar a subir também impulsionados pelo facto de a Índia ter proibido as exportações de arroz branco não-basmati no mês passado e depois de a Tailândia ter pedido aos agricultores que plantassem menos arroz para economizar água - já que neste caso há falta de chuva.
Por cá, em Portugal, Mário Coelho, que é importador/exportador de arroz, disse à SIC Notícias que "há uma subida, mas não é nada de alarmante em termos de diferenciais de preço", explicando que "estão a haver correções [de preços], normais". Contudo, admite que a "tendência é de subida".
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