O presidente da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro), António Comprido, disse esta segunda-feira, dia em que os preços dos combustíveis voltam a ficar mais caros, que há muitos fatores que influenciam a evolução das cotações e, por isso, é difícil perceber até quando é que os preços vão continuar a aumentar. 

"Uma coisa eu posso garantir, [o preço] não vai continuar a subir sempre. Vai chegar a uma altura que atingirá um pico, temporário e depois vai cair", disse António Comprido, em declarações à RTP3, escusando-se, contudo, a adiantar previsões. "É um mercado muito volátil, depende de muitos fatores", apontou. 

O presidente da Apetro adiantou que "são tantos os fatores, que é muito difícil fazer previsões e não consigo dizer que isto vai continuar a aumentar por mais não sei quantas semanas. O que posso dizer é que necessariamente chegará a um momento em que entraremos numa fase de descidas". 

António Comprido explicou que, "depois de um longo período de descidas, estamos desde maio a assistir a uma subida das cotações nos mercados internacionais".

"Tem muito a ver com os cortes de produção que foram decretados pela OPEP+ e que provocaram preocupações nos mercados e subidas nos preços. Soma-se o período de verão, que é de muito consumo, quer em termos de combustível rodoviário como do tráfego aéreo. Havendo um aumento da procura e uma redução da oferta é natural que isso conduza ao aumento das cotações", referiu. 

António Comprido explicou que, "do ponto de vista fiscal, há também um retomar da taxa de carbono, progressiva ainda, não total, mas tem vindo a ser aumentada, com aumentos significativos".

"O que seria desejável é que os impostos a pagar fossem menores", mas "há muitos fatores a ter em conta", sendo que "compete ao Governo fazer essa análise e decisão". 

Esta semana arranca com más notícias para os condutores, já que está previsto um aumento do preço dos combustíveis, que se deverá verificar tanto no caso do gasóleo como no da gasolina. 

As previsões apontam para uma subida de 2 cêntimos no gasóleo e de 1,5 cêntimos na gasolina, adiantou fonte do setor ao Notícias ao Minuto na sexta-feira. 

Estas variações acontecem numa altura em que o preço médio do gasóleo simples está nos 1,699 €/litro, ao passo que a gasolina simples 95 está a custar, em média, 1,854 €/litro, segundo dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

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