O Ministério das Finanças anunciou, esta sexta-feira, que não vai mexer nos descontos aplicados à carga fiscal dos combustíveis, mesmo apesar dos vários aumentos que se têm verificado nas últimas semanas. Tendo por base as cotações atuais, os preços deverão, por isso, baixar no início da próxima semana.
"Face à evolução dos preços dos combustíveis durante o mês de agosto, o Governo mantém a redução de impostos inalterada", pode ler-se num comunicado do Ministério das Finanças enviado às redações.
Tendo em conta as medidas em vigor, explica o Executivo, a redução de impostos atual é de 23 cêntimos por litro de gasóleo e de 25 cêntimos por litro de gasolina.
Além disso, "face à evolução dos preços dos combustíveis durante o mês de agosto, o Governo mantém inalterada a suspensão parcial da atualização da taxa de adicionamento sobre as emissões de CO2 (taxa de carbono), pelo que - tendo em conta todas as medidas em vigor - a redução dos impostos aplicáveis mantém-se nos 23 cêntimos por litro de gasóleo e nos 25 cêntimos por litro de gasolina".
Combustíveis vão ficar mais baratos na 2.ª-feira
Como o Governo não mexe na carga fiscal, os preços dos combustíveis deverão baixar no arranque da próxima semana, tendo em conta a evolução da matéria-prima nos mercados internacionais.
Fonte do setor adiantou ao Notícias ao Minuto, que está prevista uma redução de um cêntimo do caso do gasóleo e de meio cêntimo no caso da gasolina.
"Em face dos objetivos ambientais da tributação sobre os combustíveis e dos níveis recorde de consumo que se têm vindo a registar, o Governo continuará a avaliar regularmente a evolução do mercado de combustíveis, no quadro de uma convergência gradual do peso dos impostos sobre os combustíveis em Portugal com a média da zona euro", refere ainda o Executivo no mesmo comunicado.
O Governo revela ainda que o consumo de combustíveis nos primeiros sete meses de 2023 atingiu o recorde da última década. O consumo de combustíveis rodoviários em julho, último mês com dados publicados, regista um crescimento de cerca de 10% face ao período homólogo.
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