Paragem da Autoeuropa? Ministério a "trabalhar para minimizar impactos"
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, deu conta que vão ser feitas reuniões com as associações e a direção da Autoeuropa "nos próximos dias".
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Economia Costa e Silva
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, afirmou, esta quarta-feira, que o ministério que tutela está "a trabalhar para minimizar os impactos nas empresas que mais dependem" da Autoeuropa.
Em declarações aos jornalistas, Costa Silva deu conta que vão ser feitas reuniões com as associações e a direção da Autoeuropa "nos próximos dias", com o objetivo de serem "encontradas soluções e, pelo menos, minimizar os problemas para o futuro".
"Tenho a crença que a paragem vai ser menor do que a que está anunciada e temos de trabalhar todos para minimizar esse risco e minimizar o impacto para o país, sobretudo em termos das nossas exportações", afirmou o ministro da Economia e do Mar.
Costa Silva apontou ainda que já foram mapeadas as 30 empresas satélite da Autoeuropa, sendo que "18 dessas empresas dependem da Autoeuropa em menos de 25%, as outras em mais".
"Vamos dividir em dois grupos e trabalhar cada um dos setores para minimizar os impactos nas empresas que mais dependem e encontrar formas de diversificação", frisou, acrescentando que "é todo esse trabalho que está a ser feito no Ministério da Economia".
Costa Silva explicou ainda que está a ser identificado, juntamente com a Autoeuropa, "o tipo de componentes que estão em falta" e a ser feitas conversações com a AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel - e a ACAP - Associação Automóvel de Portugal - "para identificar tudo o que é feito em Portugal".
"Hoje em dia, não podemos ter cadeias de abastecimento que repousam só num fornecedor e nós temos uma indústria versátil e que produz muitos componentes. Pode ser que aumentemos a resiliência", elaborou.
De recordar que a Autoeuropa vai parar entre os dias 11 de setembro e 12 de novembro, confirmou o coordenador da Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa, Rogério Nogueira, ao Notícias ao Minuto. Em causa está a falta de peças provenientes de um fornecedor severamente afetado pelas cheias de agosto na Eslovénia.
Durante estes dois meses, os trabalhadores vão ficar em lay-off, e, segundo um comunicado divulgado esta semana pela Comissão de Trabalhadores (CT) da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal, o acordo alcançado prevê o "pagamento de 95% do salário base e do subsídio de turno", bem como o "pagamento do prémio mensal de assiduidade, de 40 euros.
[Notícia atualizada às 13h37]
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