Questionado sobre a sucessão de Ricardo Salgado no BES e a desvalorização que o banco sofreu em bolsa nos últimos dias, o gestor escusou-se a comentar estas situações em particular, mas assinalou o "excelente trabalho" do Banco de Portugal.
"Felizmente temos um Banco de Portugal que, neste momento, está a atuar bem nas suas funções no conselho de supervisão", destacou, à margem de uma conferência sobre 'A nova economia e as novas formas de financiamento', promovida pela Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco (SaeR).
Mira Amaral notou também que o Governo tem ainda disponíveis cerca de metade dos 12 mil milhões de euros da 'troika' [Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) destinados a acorrer o sistema bancário: "Ainda estão disponíveis cerca de seis mil milhões [de euros], se for necessário mais algum apoio público o Governo ainda tem dinheiro disponível da 'troika'".
Por outro lado, lembrou que os bancos portugueses vão passar também a ser supervisionados pelo Banco Central Europeu na futura união bancária europeia.
"Acho que vamos ter um quadro de regulação, supervisão bastante sério, bastante atuante e, portanto, acho que os portugueses devem estar descansados, quer sobre a atuação do regulador em Portugal [Banco de Portugal], que tem feito um bom trabalho, quer em termos da passagem para um sistema europeu de regulação e supervisão", sublinhou o responsável do BIC.