O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje uma nova subida das três taxas de juro diretoras em 25 pontos base, tal como na reunião anterior, colocando a taxa dos depósitos no nível mais elevado de sempre da zona euro.
"A inflação continua a descer, mas ainda se espera que permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo. O Conselho do BCE está determinado a assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%. Com vista a reforçar o progresso para o seu objetivo, o Conselho do BCE decidiu hoje aumentar as três taxas de juro diretoras em 25 pontos base", pode ler-se no comunicado do BCE.
Segundo a instituição, o "aumento das taxas de juro hoje decidido reflete a avaliação do Conselho do BCE das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros disponíveis, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária".
Esta foi a décima subida consecutiva das taxas de juro pelo banco central, que aumentou as taxas de juro em 450 pontos base desde julho do ano passado, o ciclo de subida mais rápido da história da zona euro.
Vale lembrar que na última reunião, em julho, (na qual a instituição decidiu subir os juros em 25 pontos base), a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que as taxas poderiam manter-se no mesmo nível ou sofrer um novo agravamento, em função dos dados macroeconómicos.
Esta foi a décima subida consecutiva das taxas de juro pelo banco central, que aumentou as taxas de juro em 450 pontos base desde julho do ano passado, o ciclo de subida mais rápido da história da zona euro.
Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras "atingiram os níveis que -- se forem mantidos durante um período suficientemente longo -- darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo".
O BCE assinala que as futuras decisões do Conselho "assegurarão que as taxas de juro diretoras sejam fixadas em níveis suficientemente restritivos, durante o tempo que for necessário", garantindo que irá "continuar" a seguir uma abordagem dependente dos dados na determinação do nível e da duração adequados da restritividade.
"Mais especificamente, as decisões do Conselho do BCE sobre as taxas de juro continuarão a basear-se na avaliação das perspetivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que forem sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária", indica.
O BCE assinala que a carteira do programa de compra de ativos ('asset purchase programme' -- APP na sigla em inglês) está a diminuir a um ritmo comedido e previsível, dado que o Eurosistema deixou de reinvestir os pagamentos de capital de títulos vincendos e que, no que respeita ao programa de compra de ativos devido a emergência pandémica ('pandemic emergency purchase programme' - PEPP na sigla em inglês), tenciona reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos no contexto do programa até, pelo menos, ao final de 2024.
[Notícia atualizada às 13h53]
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