O excedente (ajustado) registado em julho, na ótica da contabilidade pública, corresponde a uma melhoria de 1.546 milhões de euros face ao período homólogo, segundo o comunicado divulgado na altura pelo Ministério das Finanças.
Esta variação reflete uma melhoria da receita efetiva de 8,6% em termos ajustados e um aumento da despesa efetiva de 5,9%.
De acordo com os dados da DGO, a receita fiscal do Estado totalizou 30.925,8 milhões de euros nos primeiros sete meses deste ano, uma subida de 9,2%.
"Em termos acumulados, a receita fiscal apresenta um crescimento de 9,2% (2.606,9 milhões de euros) influenciada, em parte, pela prorrogação do pagamento de retenções na fonte de IRS (27,8 milhões de euros) e de IRC (5,9 milhões de euros) em julho de 2022 e pela prorrogação do pagamento de IVA que afetou negativamente a receita em 2023 em 231,4 milhões de euros", explicou a síntese da execução orçamental.
Nos primeiros sete meses deste ano, a receita dos impostos diretos (que incidem sobre o rendimento) registou uma subida homóloga de 14,3%, enquanto os impostos indiretos avançaram 5,5% face ao mesmo período de 2022.
Os dados da DGO revelam ainda que as medidas para mitigar o efeito da crise energética e inflacionista custaram ao Estado 1.516 milhões de euros até julho.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas totalizaram 809,9 milhões de euros até julho, uma diminuição de 115,5 milhões de euros face ao período homólogo.
Leia Também: Ministra indica que OE2023 não irá suportar aumento de custos do PRR