O presidente da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, que falava num encontro com jornalistas promovido pelo ministério da tutela, observou que o declínio da produção "é natural" e que o executivo está a tentar compensar as perdas com novas áreas.
"Temos um declínio de 10 a 15% ao ano, o que significa que deixámos de produzir cerca de 100 mil barris/dia durante o ano, precisamos de repor essa produção", mas contrariar esta tendência "não é esforço fácil, é quase impossível", sublinhou o responsável, reforçando é preciso ser "realistas" e não "vender sonhos".
O responsável abordou os projetos em curso e incentivos para as empresas fazerem mais exploração, mas notou que, por enquanto, se trata ainda de "medidas paliativas", para que a produção não desça mais até haver "uma descoberta na exploração".
Destacou a perfuração de um poço na bacia do Namibe "e uma série de oportunidades que, se resultarem" permitirão manter ou aumentar a produção, embora não esteja ainda em prática tudo o que se pretende implementar, adiantou.
Em termos de oportunidades, o presidente da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis frisou que Angola é dos países com maior probabilidade de encontrar petróleo nas bacias sedimentares interiores, devendo em 2025 ser colocados novos blocos em licitação.
Por outro lado, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet) fez um ponto de situação sobre as refinarias no país, indicando que no caso da refinaria do Lobito, está a ser negociada a construção com uma empresa chinesa, que apresentou custos e prazo de execução inferiores ao estimado inicialmente.
"Mas falta resolver a questão do financiamento", afirmou Diamantino Azevedo, destacando que já convidou os países vizinhos para serem sócios da refinaria.
"A Zâmbia concordou, a Namíbia está a refletir, mas é necessário porem dinheiro", salientou o responsável do Mirempet.
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