Os preços dos combustíveis arrancaram esta semana com uma decida a pique, que se verificou tanto no caso do gasóleo como no da gasolina, indicam os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
O preço médio do gasóleo simples baixou de 1,782 €/litro para 1,744 €/litro, o que significa uma redução de 3,8 cêntimos. Já a gasolina simples 95 desceu de 1,847 €/litro para 1,798 €/litro, menos 4,9 cêntimos.
As previsões, refira-se, apontavam para uma descida de quatro cêntimos no caso do gasóleo e de seis cêntimos no caso da gasolina, adiantou fonte do setor ao Notícias ao Minuto.
Veja o gráfico:
Evolução do preço médio do gasóleo simples (a azul) e da gasolina simples 95 (a vermelho) © Reprodução do site da DGEG
Apesar da descida verificada no início desta semana, nas próximas semanas os preços dos combustíveis deverão voltar a encarecer.
A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em dezembro terminou, na segunda-feira, no mercado de futuros de Londres em alta de 4,26%, para os 88,17 dólares, impulsionado pelo conflito no Médio Oriente.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 3,60 dólares acima dos 84,57 com que fechou as transações na sexta-feira.
A cotação do barril europeu recuperou parte do terreno perdido na semana passada, perante o receio de o confronto em curso afetar o fornecimento a partir da região, apesar de isso ainda não ter acontecido.
"De momento, não houve qualquer interrupção significativa, o que deve moderar o risco de subidas", declarou Michael Hewson, analista da CMC Markets.
Porém, o encerramento da produção de gás na plataforma Tamar, frente à costa sul de Israel, por motivos de segurança, é "um sinal dos riscos que se podem concretizar" no mercado do petróleo, acrescentou.
"Os preços do crude subiram hoje, não por causa de interrupções na oferta, mas pelo potencial para que existam. Israel produz pouco petróleo, mas os rios para a produção na região são significativos", indicou a Capital Economics.
Ipek Ozkardeskaya, analista do Swissquote Bank, assinalou, por su lado, que "o medo quanto a uma eventual represália contra o Irão ameaça a passagem de embarcações que transportam crude pelo Estreito de Ormuz".
Os economistas da Capital Economics avançaram também o risco de os EUA "apertarem" o Irão e serem mais zelosos na aplicação de sanções, se considerarem que Teerão esteve envolvido nos ataques do Hamas.
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