Cabo Verde é melhor lusófono em índice com 28 mercados financeiros
Cabo Verde estreou-se como melhor lusófono numa classificação de 28 mercados financeiros cuja elaboração vai na sétima edição e é apoiada pela Comissão Económica das Nações Unidas para a África (UNECA), anunciou hoje a Bolsa de Valores do país.
© Lusa
Economia UNECA
Cabo Verde ficou na 16.ª posição entre 28 países, conquistou 45 pontos em 100, sendo que o primeiro classificado, África do Sul, amealhou 88 no Índice de Mercados Financeiros Africanos, produzido pelo Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF) em parceria com o grupo financeiro Absa.
Entre os três países lusófonos listados, Cabo Verde é seguido por Angola na 20.ª posição (menos três que em 2022) e Moçambique no 24.º lugar (menos dois que no último ano).
"Cabo Verde conquistou uma posição respeitável", referiu Miguel Monteiro, presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), em conferência de imprensa, considerando que, apesar de "não ser o melhor" dos resultados, indica que o país "tem condições de estar mais à frente".
"Sendo o primeiro ano, achamos que foi uma boa experiência", disse, apelidando de "encorajador" o facto de o país ter conseguido classificar-se melhor que outras nações.
"O nosso objetivo é, no curto prazo, estar no 'top 10', e no médio prazo atingir o 'top 5', que é, normalmente, a classificação de Cabo Verde nos diversos 'rankings' ao nível africano", acrescentou.
Dos seis pilares sob avaliação em cada país, o arquipélago conquistou os seus melhores resultados no acesso ao mercado cambial (sétimo melhor entre os 28) e na capacidade dos investidores locais (décimo lugar).
Segundo Miguel Monteiro, tal reflete "a eficiência e acessibilidade" na facilitação de transações internacionais e o compromisso em "promover o investimento doméstico".
Sobre as piores classificações, registadas ao nível do ambiente macroeconómico, regulatório, impostos e transparência, Miguel Monteiro confia nos esforços em curso por parte do Governo e autoridades cabo-verdianas para melhorar a prestação.
O país foi este ano convidado a participar, pela primeira vez no índice graças à notoriedade que tem conquistado, acredita aquele responsável.
O relatório destacou "a primeira emissão 'blue bonds' no mercado cabo-verdiano pelo International Investment Bank, por via da plataforma de promoção de finanças sustentáveis Blu_X", no que Miguel Monteiro considerou ser o reconhecimento de uma experiência inovadora e de práticas sociais e ambientalmente responsáveis.
A emissão de "obrigações azuis", em março, rendeu o valor máximo previsto, 3,17 milhões de euros, numa oferta pública com procura de 150% em relação à oferta, sendo que 21% dos subscritores foram residentes fora de Cabo Verde.
O presidente da BVC apontou como meta de Cabo Verde "tornar-se um destino de referência para investidores e um participante ativo nos mercados financeiros africanos e globais".
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