"O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 1,9% no 3º trimestre de 2023, após ter aumentado 2,6% no trimestre precedente", explica o INE.
O contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB "diminuiu em relação ao verificado no trimestre anterior, em resultado da desaceleração significativa das exportações de bens e serviços em volume, tendo a componente de bens registado uma redução expressiva".
"Por sua vez, as importações de bens e serviços registaram uma redução moderada devido à componente de bens. Relativamente aos termos de troca, a redução do deflator das importações em termos homólogos no 3º trimestre foi mais intensa que a do deflator das exportações, verificando-se ganhos dos termos de troca mais elevados que no trimestre anterior. Em sentido contrário, a procura interna registou um contributo positivo para a variação homóloga do PIB, superior ao do trimestre anterior, verificando-se uma aceleração do investimento e um abrandamento do consumo privado", pode ler-se.
Comparando com o 2.º trimestre de 2023, o PIB registou uma diminuição de 0,2%, após um crescimento em cadeia de 0,1% no trimestre anterior.
Os economistas consultados pela Lusa previam que, no terceiro trimestre, o PIB tenha crescido entre 1,7% e 2,4% em termos homólogos, enquanto o intervalo em cadeia varia entre uma expansão do PIB de 0,4% e uma contração de 0,3%.
As previsões dos economistas apontam todas para um desempenho abaixo do registado no primeiro e segundo trimestre, em grande parte influenciadas por um desempenho mais fraco das exportações.
Inicialmente o INE divulgou um crescimento homólogo de 2,3% no segundo trimestre, mas em setembro reviu em alta de 0,2 pontos percentuais (pp.) a taxa, para 2,5%, mantendo inalterada a variação em cadeia (0,0%).
Nas previsões subjacentes à proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o Governo prevê para a totalidade deste ano um crescimento da economia de 2,2%.
[Notícia atualizada às 09h37]
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