Em causa está a subida de um nível remuneratório (cerca de 52 euros) na tabela salarial da administração pública para os trabalhadores destas carreiras especiais, cuja negociação decorre entre os sindicatos e o Ministério da Presidência do Conselho de Ministros (PCM).
"Os trabalhadores destas carreiras especiais vão receber [a valorização salarial] até ao final do ano, com retroativos a janeiro de 2023", disse à Lusa a presidente do STE, Helena Rodrigues, após uma reunião na PCM, em Lisboa.
Segundo a líder sindical, em causa estão "cerca de 700 trabalhadores" dos quais 350 são técnicos especialistas dos organismos responsáveis pela elaboração, acompanhamento e execução do Orçamento do Estado e outros 350 técnicos especialistas do INE.
Em comunicado, o STE refere que "o Governo assumiu ainda o compromisso de rever, em 2024, a estrutura destas carreiras, à semelhança do que vier a acontecer para a carreira geral de técnico superior".
"Nesse processo será também dada resposta à questão, há muito colocada pelos trabalhadores, dos pontos perdidos aquando da transição", acrescenta o sindicato.
Na semana passada, também o secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, disse à Lusa que iria exigir ao Governo que os pontos obtidos na avaliação de desempenho desde a criação destas carreiras (em 2015) fossem considerados em futuras mudanças de posição remuneratória.
As carreiras de técnico especialista em orçamento e finanças do Ministério das Finanças e de técnico especialista do INE foram criadas em 2015 e contam atualmente com 14 posições na tabela remuneratória única, com ingresso na carreira no nível 16 (correspondente a 1.333,35 euros) e o topo situado no nível 62 (3.775,83 euros).
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