Os resultados definitivos da sessão indicam que o indie seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 1,43%, o tecnológico Nasdaq avançou 2,37% e o alargado S&P500 subiu 1,91%.
O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (IPC) desacelerou em outubro para 3,2% em termos anuais, em comparação com 3,7% em setembro e 3,3% esperados pelos analistas.
"O mercado adorou o número da inflação. Não foi muito melhor do que as previsões, mas era exatamente o que o mercado queria ouvir", realçou Steve Sosnick, da Interactive Brokers.
O mercado "eliminou a probabilidade de um aumento futuro das taxas [de juro] e agora existe a possibilidade de uma redução das taxas já em junho e julho" de 2024, acrescentou.
"A inflação continua bem acima da meta, mas está a avançar na direção certa", analisou, por sua vez, Rubeela Farooqi, economista-chefe do HFE.
"É mais do que uma aterragem suave, é uma aterragem muito suave", frisou Austan Goosbee, presidente da Fed [Reserva Federal] de Chicago.
Outra notícia favorável do lado da política orçamental, o novo presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, indicou terça-feira que uma resolução temporária que evita o encerramento dos serviços federais ('shutdown') poderá ser votada hoje na câmara baixa do Congresso.
Em termos de valores, todos os onze setores do S&P terminaram em alta, a começar pelo setor imobiliário (+5,32%), aquele que mais sofreu com a subida das taxas de juro nos últimos 18 meses.
Os bancos aproveitaram o momento, com o Bank of America a ganhar mais de 5%, enquanto o Citigroup e o Wells Fargo arrecadaram mais de 3%.
Entre as 30 empresas do Dow Jones, os maiores ganhos foram para a Home Depot (5,4%), que reportou resultados bem recebidos pelos investidores, e para a Walgreens (4,56%), enquanto as maiores perdas foram para a Travelers (-1,35%).
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