Se detetou pagamentos na sua conta bancária que não autorizou, a primeira coisa a fazer é contactar o seu banco, que depois o informará sobre os próximos passos a seguir, de acordo com o Banco de Portugal (BdP).
"Notifique de imediato o prestador de serviços de pagamento (por exemplo, o banco), ou a entidade designada pelo prestador de serviços de pagamento, adotando os procedimentos que constam do contrato (e que, por vezes, também são indicados nos extratos da conta bancária associada). Em caso de dúvida, contacte imediatamente a sua instituição, para que esta o informe de quais os procedimentos a adotar", pode ler-se no site do supervisor da banca.
Pode ficar mesmo sem o dinheiro desses pagamentos que não autorizou?
O BdP explica que, por regra, o "cliente (utilizador dos serviços de pagamento) suporta as perdas relativas às operações de pagamento não autorizadas, resultantes, por exemplo, da utilização indevida de dados pessoais, dentro do limite do saldo disponível ou da linha de crédito associada à conta, até ao máximo de 50 euros".
Contudo, o utilizador suporta todas as perdas resultantes de operações não autorizadas, se estas forem devidas a:
- Atuação fraudulenta do cliente;
- Não utilização do instrumento de pagamento de acordo com as respetivas condições;
- Não comunicação ao prestador de serviços de pagamento, sem atrasos injustificados e dentro de um prazo nunca superior a 13 meses, da apropriação abusiva ou de qualquer utilização não autorizada desse instrumento de pagamento.
"Em caso de negligência grave do utilizador, este suporta as perdas resultantes de operações de pagamento não autorizadas até ao limite do saldo disponível ou da linha de crédito associada à conta, ainda que superiores a 50 euros, dependendo da natureza dos dispositivos de segurança personalizados do instrumento de pagamento e das circunstâncias da sua perda, roubo ou apropriação abusiva", pode ainda ler-se.
Vale sublinhar, contudo, que o "utilizador não suporta as perdas resultantes da utilização de um instrumento de pagamento perdido, roubado ou apropriado após ter comunicado esta situação ao prestador de serviços de pagamento (por exemplo, o seu banco), ou à entidade por este designada, sem atrasos injustificados, exceto se tiver atuado de forma fraudulenta".
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