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Empresários do Ruanda e do Quénia investem em Cabo Delgado

Empresários do Ruanda e do Quénia planeiam investimentos de 100 milhões de dólares (91,5 milhões de euros) na província moçambicana de Cabo Delgado, sobretudo na área da agricultura, face à melhoria das condições de segurança, anunciaram hoje fontes oficiais.

Empresários do Ruanda e do Quénia investem em Cabo Delgado
Notícias ao Minuto

14:07 - 20/11/23 por Lusa

Economia Moçambique/Ataques

"O primeiro grupo que vem são 15 empresários do Ruanda e três do Quénia, que vão investir no setor especificamente da agricultura e isso é uma vantagem para nós", afirmou hoje o diretor provincial da Indústria e Comércio, Nocif Magaia, à margem de uma reunião do Conselho dos Serviços de Representação do Estado e dos Órgãos de Governação Descentralizada, que decorre na cidade de Pemba.

Estes empresários, detalhou, planeiam investir naquela província do norte de Moçambique nas áreas da produção de algodão, agricultura, pesca, água engarrafada, processamento de carne e de frutas, além de horticultura, destinada à exportação para aqueles dois países africanos.

Nocif Magaia explicou que a retoma das condições de segurança em distritos de Cabo Delgado antes palco e ataques terroristas e a consequente estabilização da província contribuiu para o interesse destes empresários.

"O fator estabilização está a contribuir sobremaneira para alterar a tendência de investimento na nossa província", concluiu.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul de região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos, ACLED.

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