África do Sul. Criminalidade afeta em 1 em 5 famílias (custa 10% do PIB)

O galopante nível de criminalidade na África do Sul custa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) todos os anos e está a aumentar a desigualdade já de si elevada, de acordo com um estudo do Banco Mundial.

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Lusa
23/11/2023 12:16 ‧ 23/11/2023 por Lusa

Economia

Banco Mundial

"Em última análise, o crime mina os objetivos de desenvolvimento relativos a um crescimento elevado e inclusivo", escrevem os analistas no relatório 'Segurança Primeiro: o Custo Económico do Crime na África do Sul', citado pela agência de informação financeira Bloomberg.

Recomendando que as autoridades aprovem legislação para reforçar a capacidade das autoridades de processarem a alta criminalidade e recrutarem investigadores especialistas, o relatório aponta também que "os fracos serviços públicos e os parcos resultados socioeconómicos quebram a confiança nas instituições públicas e contribuem para a polarização social".

O relatório do Banco Mundial conclui que uma em cada cinco famílias é afetada pelo crime todos os anos, ao passo que as companhias enfrentam elevados custos de segurança e os negócios informais são particularmente vulneráveis à onda de criminalidade, já que não conseguem tomar medidas preventivas ou punitivas face aos crimes de que são alvo.

Em média, 76 pessoas são assassinadas todos os dias na África do Sul, de acordo com dados divulgados na semana passada pela polícia, com os ataques a turistas a saltarem para as primeiras páginas dos jornais, que noticiam também que a própria ministra dos Transportes foi roubada quando viajava com os seus seguranças numa das principais autoestradas do país.

Os cálculos do Banco Mundial incluem "os custos de transferência, proteção e oportunidade, que reduzem, em conjunto, o crescimento potencial do país devido à alocação de recursos que podiam ser usados para investimentos produtivos".

O potencial de crescimento económico anual da economia mais industrializada da África subsaariana poderia subir um ponto percentual se as empresas pudessem investir uma parte do que gastam em segurança em empreendimentos mais rentáveis, conclui o Banco Mundial.

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