Bruxelas quer adaptar redes de eletricidade da UE para hidrogénio

A Comissão Europeia propôs hoje um plano de ação para assegurar um sistema de redes de eletricidade "mais digitalizado, descentralizado e flexível", que permita a adaptação futura ao hidrogénio 'verde' na União Europeia (UE). Bruxelas quer adaptar redes de eletricidade da UE para hidrogénio

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Lusa
28/11/2023 13:44 ‧ 28/11/2023 por Lusa

Economia

União Europeia

"As redes de energia interligadas e estáveis são a espinha dorsal do mercado interno da energia da UE e a chave para permitir a transição ecológica. Para ajudar a concretizar o Pacto Ecológico Europeu, a Comissão propõe hoje um plano de ação para garantir que as nossas redes de eletricidade funcionem de forma mais eficiente e sejam implantadas mais rapidamente", anuncia o executivo comunitário em comunicado.

Numa altura em que se prevê que o consumo de eletricidade na UE aumente cerca de 60% até 2030, Bruxelas argumenta que "as redes terão de acomodar um sistema mais digitalizado, descentralizado e flexível, com milhões de painéis solares nos telhados, bombas de calor e comunidades locais de energia a partilharem os seus recursos, mais energias renováveis ao largo da costa a entrarem em funcionamento, mais veículos elétricos para carregar e necessidades crescentes de produção de hidrogénio", daí o novo pacote de medidas.

Isto numa altura em que 40% das redes de distribuição da UE têm mais de 40 anos e quando se espera que a capacidade de transporte transfronteiras vá duplicar até 2030.

Ao todo, projeta-se que sejam necessários 584 mil milhões de euros de investimentos para fazer tal modernização.

Com o plano de ação hoje proposto, a Comissão Europeia quer, até 2030, acelerar a execução dos projetos de interesse comum para poderem receber apoio comunitário à sua execução, melhorar o planeamento a longo prazo das redes para acomodar mais energias renováveis e procura eletrificada, incluindo o hidrogénio, no sistema energético, orientando o trabalho dos operadores de rede e dos reguladores nacionais, bem como introduzir incentivos regulamentares através de orientações sobre investimentos antecipados e prospetivos e sobre a partilha de custos transfronteiriços para projetos 'offshore'.

A instituição pretende, ainda, melhorar o acesso ao financiamento de projetos de redes, assim como estimular a concessão mais rápida de licenças para a implantação de redes ao dar apoio técnico às autoridades e orientações para um melhor envolvimento das partes interessadas e das comunidades e ainda melhorar e garantir a segurança das cadeias de abastecimento das redes, nomeadamente através da harmonização dos requisitos de fabrico da indústria para a ligação da produção e da procura.

Estas novas medidas visam ajudar a UE a cumprir as suas metas 'verdes', como a ambição de ter um fornecimento de 45% através de energias renováveis até 2030.

Leia Também: Bruxelas avança com 15 milhões para ajudar população síria e libanesa

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