Chega na AR? "Perdemos todos demasiado tempo a discutir garotices"

O ministro das Finanças defendeu, esta sexta-feira, que "perdemos demasiado tempo e fazemos o jogo daqueles que usam o Parlamento para os seus ganhos políticos”, em comentário às ações do Chega, esta manhã. Teceu ainda acusações, no âmbito do OE, aos partidos da oposição - PS e Chega - que "condicionaram 2025".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
29/11/2024 23:06 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

Economia

Miranda Sarmento

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considerou, esta sexta-feira, que "perdemos todos demasiado tempo - e o tempo é o recurso mais escasso que temos - a discutir (...) garotices", ao referir-se às ações do Chega, na Assembleia da República (AR).

 

"Se todos os partidos decidissem agora ocupar a fachada do Parlamento, na parte das instalações que lhes estão atribuídas, passava a ser uma espécie de 'Benetton' com não sei quantas cores. É essa transfiguração daquele edifício que tem 200 anos de história parlamentar que queremos?", questiona.

Miranda Sarmento em declarações à SIC Notícias, defendeu que "todos - agentes políticos, comunicação social, comentadores - perdemos demasiado tempo e fazemos o jogo daqueles que não defendendo o Parlamento, usam-no para os seus ganhos políticos".

Recorde-se que o partido liderado por André Ventura deu que falar hoje por ter pendurado, de manhã, vários pendões na fachada do edifício da AR contra o fim do corte nos vencimentos dos políticos.

O ministro das Finanças tece ainda acusações ao Partido Socialista (PS) e diz que o partido, "com o apoio do Chega, parece em muitos casos querer governar a partir do Parlamento". Refuta que "quem toma decisões executivas é o Governo e o Parlamento está a imiscuir-se em decisões que são decisões de natureza executiva que competem ao Governo, competem a quem ganha as eleições".

"O próprio PS hoje já é mais otimista sob a execução orçamental do próximo ano do que o próprio Governo, o que não deixa de ser paradoxal face àquilo que o PS disse nestes seis meses de governação, mas aquilo que é importante que se perceba é que a oposição - o PS e o Chega - condicionaram 2025 em mil milhões de euros nas medidas que aprovaram antes da entrega do OE e nas medidas que aprovaram agora" acrescenta Miranda Sarmento que ressalva que "esta despesa que as oposições impuseram para 2025 naturalmente limita as escolhas do Governo e nesse sentido condiciona a atuação do Governo".

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) foi aprovada esta sexta-feira, 29 de novembro, em votação final global na AR, depois de quatro dias de votações na especialidade.

Leia Também: Das pensões ao IVA das touradas: As principais alterações do OE2025

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