Este relatório, refira-se, é mais um passo num tema com mais de 50 anos, que já foi alvo de vários estudos. Esta manhã, a CNN Portugal e a SIC Notícias avançaram que a comissão técnica independente (CTI) recomenda Alcochete como a melhor opção.
O Governo incumbiu a CTI de analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa (Portela + Montijo; Montijo + Portela; Alcochete; Portela + Santarém; Santarém), mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções.
Criada no final do ano passado, a CTI, instalada no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, tem como coordenadora-geral a professora Rosário Partidário e conta com uma equipa de seis coordenadores técnicos.
Após uma primeira fase de receção e análise de outras propostas, foram acrescentadas ao estudo as opções Portela + Alcochete, Portela + Pegões, Rio Frio + Poceirão e Pegões.
Acompanhe aqui, em direto, a apresentação da CTI:
"Tivemos muitas pressões, mas do Governo nem uma pressão"
A sessão foi aberta por Laura Caldeira, presidente do LNEC, que manifestou o confiança de que os "resultados constituam um contributo relevante e impulsionador para a tomada de decisão deste assunto que tanto urge para nosso país".
Por sua vez, o presidente do Conselho Superior de Obras Públicas, Carlos Mineiro Aires, admitiu que "a aceitação das conclusões não será unanimidade", mas "a questão é que tem de haver uma decisão". "Não podemos adiar mais processos destes".
"Não houve qualquer contacto com o senhor primeiro-ministro, com o Conselho de Ministros. E isso foi importante. Tivemos muitas pressões, mas do Governo nem uma pressão e quero agradecer por isso", disse, por seu turno, a presidente da CTI, Rosário Partidário.
A ideia é avaliar as nove opções que estão em cima da mesa de acordo com cinco fatores críticos de decisão definidos pela CTI, sendo eles a segurança aeronáutica, a acessibilidade e território, a saúde humana e viabilidade ambiental, a conectividade e desenvolvimento económico e o investimento público e modelo de financiamento.
Mediante as pontuações obtidas pelas várias opções em estudo nos diferentes critérios, vertidas no relatório final que deverá ser entregue no final do ano ou no início de janeiro, caberá ao Governo tomar a decisão, que é política e não técnica.
O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, tinha prometido uma decisão rápida, após a análise do relatório final da CTI, mas, perante a incerteza política devido à demissão do Governo e marcação de eleições antecipadas, esta é uma decisão que deverá ficar para depois de março.
[Notícia atualizada às 15h43]
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