O apoio a este projeto, na forma de subvenção, foi aprovado hoje pelo conselho de administração do grupo BAD e prevê a construção de uma linha de transporte de alta tensão em circuito simples de 400 quilovolts (kV), entre Songo e Matambo, na província de Tete.
"A linha atravessará o local onde será construída a futura subestação de Cataxa para integrar a central hidroelétrica de Mphanda Nkuwa. Utilizará torres aéreas autoportantes em malha de aço com uma configuração de condutores horizontais e uma capacidade de transporte de energia de 2.300 megawatts (MW)", refere uma informação do BAD consultada pela Lusa.
De acordo com César Mba Abogo, representante residente do BAD em Moçambique, o projeto "insere-se num esforço mais amplo de modernização da rede para permitir a instalação e venda de capacidade de produção suplementar e, desta forma, contribuir para a afirmação de Moçambique como um polo energético emergente na região".
"Este projeto irá melhorar a qualidade do abastecimento nas regiões centro e norte, onde se concentra a maior parte da população de Moçambique, contribuindo assim para o desenvolvimento do país. O projeto também facilitará a implementação de interligações regionais prioritárias, tais como Moçambique-Maláui e Moçambique-Zâmbia", afirmou César Mba Abogo, citado na informação do BAD.
O investimento, de 30,8 milhões de euros, envolve a ampliação da subestação de Songo, trabalhos "de grande envergadura" e ampliação da subestação de Matambo.
"A zona beneficiária do projeto é a província de Tete, que se situa no Corredor de Desenvolvimento do Vale do Zambeze, na zona fronteiriça com o Maláui, a Zâmbia e o Zimbabué", explica o BAD.
A subvenção aprovada pelo grupo africano provém do Instrumento de Apoio à Transição, especificamente destinado a Estados em fase de transição.
"O objetivo do projeto é aumentar a fiabilidade e a segurança do abastecimento elétrico de Moçambique e promover a integração regional da rede elétrica e do comércio de energia elétrica", conclui o BAD.
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