O gás "não é apenas um combustível de transição para nós, será também a energia para o futuro", disse o ministro das Minas e Hidrocarbonetos, Antonio Oburu Ondo, citado num comunicado de imprensa da consultora Energy Capital Power, uma entidade que promove o investimento petrolífero em África e organizadora da conferência African Energy Week.
O governante da Guiné Equatorial, falando numa conferência em Houston, nos Estados Unidos, apresentou aos investidores um conjunto de reformas em curso, entre as quais uma nova ronda de licenciamento de exploração de poços de petróleo, reformas de âmbito fiscal e políticas amigas dos investidores para captar mais investimento neste país africano de língua oficial portuguesa.
"Esperamos um aumento da participação do mercado à medida que os novos regulamentos entram em vigor", disse o ministro, que afirmou também que a Guiné Equatorial está a trabalhar com o Banco dos Estados da África Central "num plano para implementar exceções para as companhias e grandes operadores" poderem retirar os lucros da região.
No ano passado, o banco anunciou um conjunto de restrições ao repatriamento de capitais e lucros das empresas, no âmbito de medidas de combate aos fluxos ilícitos, que foram então criticados pelos países, argumentando que isso dificultaria a chegada de novos investidores.
No encontro, Antonio Oburu Ondo disse que foram assinados oito novos contratos de exploração de energia nos últimos meses, com empresas como a ConocoPhillips, a Chevron e a Trident Energy, e salientou ainda as parcerias prioritárias com os Camarões e a Nigéria para monetizar o gás do país.
O Fundo Monetário Internacional prevê que a economia da Guiné Equatorial caia quase 5% este ano, mantendo a tendência de recessão que se regista nos últimos dez anos, década em que apenas por duas vezes registou um crescimento económico positivo.
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