"É uma possibilidade e está no nosso plano estratégico, no próximo ano, operar pelo menos dois a três destinos intercontinentais [além de Lisboa, que também arrancou hoje]", avançou o diretor comercial da LAM, Firmino Naftal, em declarações aos jornalistas no aeroporto internacional da Cidade do Cabo.
A companhia aérea moçambicana estreou hoje o primeiro voo próprio entre Maputo e a Cidade do Cabo -- com três frequências semanais -, ligação que, através de outras companhias, movimenta atualmente mais de 200 mil passageiros por ano. Só o aeroporto da Cidade do Cabo recebeu este ano sete novas rotas internacionais, incluindo a da LAM.
"Vai unir os dois países, através das duas cidades", disse, referindo-se à nova ligação da companhia moçambicana a uma das mais importantes cidades sul-africanas.
No próximo ano, a aposta da LAM é avançar com ligações de Maputo para São Paulo (Brasil), Mumbai (Índia) e Guangzhou (China), segundo o diretor comercial da companhia, que apresentou esta estratégia, hoje, a operadores turísticos sul-africanos.
"Agora lançamos estas duas rotas, Cape Town [Cidade do Cabo] e Lisboa, e esperamos que até abril estejam bem consolidadas, antes de avançar com as próximas", acrescentou Firmino Naftal.
Em simultâneo, avançou igualmente, a LAM já tem uma equipa no Malaui para iniciar nas próximas semanas os voos entre os dois países, face à procura já identificada no país vizinho.
"Brevemente poderemos anunciar essa ligação", disse o responsável.
A rede de voos da LAM abrange 12 destinos no mercado doméstico, além de Joanesburgo, Dar-Es-Salaam, Harare, Lusaca e agora Cidade do Cabo, nas ligações regionais, realizando diariamente mais de 40 voos com recurso a um Boeing 737, três Bombardier Q400, dois Bombardier CRJ 900 e dois Embraer 145 operados pela subsidiária MEX -- Moçambique Expresso.
Os destinos Cidade do Cabo e Lisboa fazem parte do plano de revitalização da operadora, depois de a empresa sul-africana Fly Modern Ark (FMA) ter entrado na gestão da LAM em abril deste ano.
A LAM pretende duplicar a frota de aeronaves, passando a contar com pelo menos 22 aviões até 2027, avançou anteriormente à Lusa a administração da companhia de bandeira moçambicana.
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