"Apesar da situação desafiante a nível social, político e securitário, as autoridades continuam empenhadas na preservação dos objetivos do programa, incluindo limitando as derrapagens orçamentais e continuando a implementar a agenda de reformas económicas", lê-se no comunicado do FMI.
A aprovação da quinta revisão do Programa de Financiamento Ampliado (ECF, na sigla em inglês) surge menos de uma semana antes das eleições presidenciais agendadas para a próxima quarta-feira, e vai permitir o desembolso imediato de 202,1 milhões de dólares (cerca de 184 milhões de euros).
Este valor coloca o total de apoio desembolsado até agora nos 1,2 mil milhões de dólares (quase 1,1 mil milhões de euros), ao abrigo deste programa que termina em meados do próximo ano, com um financiamento total de 1,56 mil milhões de dólares (1,42 mil milhões de euros).
"O crescimento continua resiliente, mas as pressões orçamentais e inflacionárias, para além da depreciação da moeda, são elevadas; este desafiante contexto macroeconómico pede políticas orçamentais prudentes, incluindo a limitação de despesas não essenciais e melhorias na transparência, governação e eficácia da despesa", adverte o FMI, pedindo ao governo "mais esforços para aplicar medidas que permitam fortalecer a implementação das políticas monetárias".
O programa do FMI neste país africano, aprovado em julho de 2021, pretende "apoiar o programa de reformas a médio prazo das autoridades, com o objetivo de manter a estabilidade macroeconómica, aumentar a margem de manobra orçamental e promover um crescimento económico sustentável e liderado pelo setor privado".
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