"Guardemos algum respeito face a aumentos da receita que podem não ter uma característica permanente muito forte. Não devemos neste contexto assumir responsabilidades que sendo elas permanentes possam vir a causar desvios nos momentos seguintes", afirmou, na conferência de apresentação do Boletim Económico de dezembro, no Museu do Dinheiro, em Lisboa.
Mário Centeno voltou a defender prudência nas decisões orçamentais, para assegurar a trajetória de redução da dívida pública.
"A redução da dívida é uma prioridade e que felizmente vemos como possível de continuar nos próximos anos", disse.
No relatório apresentado hoje, o Banco de Portugal (BdP) prevê um excedente orçamental de 1,1% este ano e de 0,1% em 2024 e um rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB) de 101,4% este ano e de 96,8% em 2024.
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