Em comunicado enviado no seguimento da quinta sessão de negociação do acordo coletivo de trabalho (ACT) da Altice Portugal, que se realizou na quinta-feira, o STPT disse ter insistido no pedido de que a presidente executiva (CEO), Ana Figueiredo, participe na próxima reunião, no dia 05 de janeiro, para esclarecer as notícias sobre uma possível venda da empresa, acrescentando que a responsável "não se compromete" a ir à mesa negocial.
"Quando uma empresa é vendida, é comum os trabalhadores experimentarem incertezas sobre o futuro do seu emprego e posto de trabalho. É pois fundamental que os responsáveis pela gestão da COMEX comuniquem de maneira clara e transparente com os trabalhadores, dando a conhecer quais os planos para o futuro da Altice Portugal", realçou o sindicato, acrescentando que "a possível venda a um Fundo de Investimento cria o risco imediato de reestruturações e de demissões de trabalhadores".
Os representantes dos trabalhadores lembraram que são "diariamente" confrontados com notícias da vontade de alienar a Altice Portugal, para reduzir a dívida do grupo perante os acionistas e obrigacionistas, que se aproxima dos 60.000 milhões de euros, e temem que a mudança na estratégia de negócios possa afetar a estabilidade financeira da empresa, pondo em causa as oportunidades de desenvolvimento profissional.
Na última reunião foi proposto subsídio de refeição e subsídio especial de refeição de 9,60 euros, 200 promoções e progressões, pacote de comunicações gratuito em 2024 e 2025, o compromisso de analisar matéria de carreiras profissionais e critérios de atualização salarial, atualização de 1,5% na Tabela Salarial e um valor de 1,5 euros por dia de compensação por despesas adicionais com o teletrabalho.
Segundo o sindicato, a comissão executiva disse considerar que, nesta última matéria, os trabalhadores "estão devidamente compensados, já que os instrumentos de trabalho, como o computador, o acesso gratuito à internet e ainda a possibilidade de aderirem à Meo Energia com custos reduzidos são perfeitamente compensadores, porque atribuídos pela empresa".
Assim, o STPT considerou "estar longe a possibilidade de entendimento com a proposta com a comissão executiva e o fecho de um possível acordo".
Leia Também: Princesa Leonor está a receber formação militar nos Pirenéus Aragoneses