"No princípio de fevereiro" a Segurança Social vai "transferir para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) quatro mil milhões de euros", disse Maria do Rosário Ramalho, que está hoje a ser ouvida na comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, na Assembleia da República.
Segundo a governante, esta "será a maior transferência de sempre", sublinhando que a sustentabilidade da Segurança Social é uma "preocupação deste Governo".
De notar que o FEFSS, conhecido também por 'almofada das pensões', já atingiu a meta definida por lei de ter verbas para garantir o pagamento das pensões durante 24 meses.
Por outro lado, o executivo quer "continuar aprofundar a transformação digital da Segurança Social". Nesse sentido, vai "lançar nos próximos meses um programa que reduz as filas de espera ao nível do atendimento" e "implementar a opção de pagamentos à Segurança Social por MB Way", anunciou, referindo que esta última medida vai ser antecipada, dado que estava prevista "para o próximo ano".
Por outro lado, Maria do Rosário Ramalho indicou ainda que o Governo vai "reforçar o combate aos pagamentos indevidos" e compromete-se a simplificar o ciclo contributivo das empresas.
No que toca ao mercado laboral, a ministra indicou como "positivo" haver mais de cinco milhões de pessoas empregadas, bem como o registo de "alguma descida" na taxa de desemprego jovem, ainda que continue "alta", sublinhou.
"O Governo está atento ao contexto recessivo das economias", indicou, frisando que o aumento no número dos despedimentos coletivos -- cujo número de trabalhadores abrangidos aumentou 76% entre janeiro a novembro de 2024, face ao período homólogo -- e o aumento nos beneficiários em 'lay-off' dão sinais de preocupação.
[Notícia atualizada às 11h20]
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