"Se não tiverem liquidado o salário do mês de novembro e o subsídio de Natal até ao dia 26 de dezembro, no dia 27 de dezembro irão entrar em greve", informou hoje o Sindicato Têxtil, em comunicado.
Na mesma nota, aquela estrutura sindical sublinhou que o salário na Unideco é sempre pago com atraso, que o vencimento de outubro foi pago em 20 de novembro, que os subsídios de férias e de Natal de 2022 foram pagos em prestações e que acabaram de ser saldados em outubro, e denunciou existirem maus-tratos na empresa.
De acordo com o sindicato representativo do setor, a chefe de linha "usa e abusa do poder que lhe foi dado pela gerência para maltratar, desrespeitar, pressionar e enxovalhar as trabalhadoras".
A estrutura sindical acrescentou que existem pressões e ameaças, que "a empresa mistura questões pessoais com as profissionais", que há "vários trabalhadores com depressão", que já existiu a necessidade de "recorrer à intervenção da GNR devido aos maus-tratos recebidos dentro da empresa" e que foram denunciadas perante a Autoridade para as Condições do Trabalho situações de assédio moral.
"As trabalhadoras sofrem de terrorismo laboral", vincou o Sindicato Têxtil, que considerou ser um cenário de "desrespeito completo para com as trabalhadoras", que "não pode continuar".
A agência Lusa fez várias tentativas para falar com a administração daquela empresa de confeções da vila do distrito de Castelo Branco, sem sucesso.
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