No encontro, que se realizou nos dias 12 e 13 de dezembro, os membros do comité monetário da Fed (FOMC, na sigla em inglês) indicaram nas suas previsões que uma taxa mais baixa "seria apropriada até ao final de 2024", dado o progresso constante no sentido de controlar a inflação.
No entanto, segundo as atas, citadas pela Associated Press, os responsáveis "sublinharam a importância" de permanecer vigilantes e manter as taxas elevadas "até que a inflação esteja claramente a descer de forma sustentável" em direção ao objetivo de 2%.
Apesar de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter sugerido, numa conferência de imprensa após a reunião, que a Fed provavelmente já tinha terminado de aumentar as taxas, as atas mostram que a incerteza sobre as perspetivas da economia significava que ainda era possível aumentar mais as taxas.
Mantiveram-se, no entanto, otimistas quanto às previsões para a inflação. Mencionaram o fim dos atrasos nas cadeias de abastecimento, que tinham causado escassez e preços mais elevados, uma descida das rendas que começa a repercutir-se na economia e um aumento dos candidatos a emprego, o que torna mais fácil para as empresas preencherem vagas sem terem de aumentar agressivamente os salários.
A Fed anunciou no dia 13 de dezembro que decidiu manter as taxas de juro no intervalo entre 5,25% e 5,50%, mas antecipou que podem descer para 4,6% até ao fim de 2024.
Os responsáveis do banco central norte-americano anteciparam nesse dia que pode haver três ou quatro descidas das taxas de juro no próximo ano, até 4,6%.
Segundo o comunicado divulgado no final da reunião de dois dias, a inflação deve abrandar para 2,4% ao longo do próximo ano, quando as anteriores previsões do banco central antecipavam que ficaria em 2,5%. Em 2026, a inflação atingirá o nível desejado de 2%.
A previsão de crescimento para 2023 foi revista em alta para 2,6% (contra 2,1% em setembro) e em baixa para 2024, ficando em 1,4% (contra 1,5%).
Em relação à taxa de desemprego, mantém-se a previsão de 3,8% para este ano e de 4,1% para 2024.
Desde março de 2022, o banco central norte-americano aprovou 11 subidas das taxas de juro para travar a inflação, quatro das quais este ano, mas já nas duas últimas reuniões tinha optado por deixá-las inalteradas.
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