Rentabilidade dos capitais próprios dos maiores bancos cai ligeiramente
A rentabilidade dos capitais próprios dos maiores bancos da zona euro diminuiu ligeiramente entre julho e setembro de 2023 em comparação com o trimestre anterior, apesar de o Banco Central Europeu ter continuado a aumentar as taxas durante esse período.
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Economia Banca
Segundo informou o regulador em comunicado, a rentabilidade dos capitais próprios (RoE) dos 109 bancos supervisionados pelo Banco Central Europeu (BCE) desceu no terceiro trimestre para 10,01%, contra 10,04% no trimestre anterior, embora continue bem acima dos 7,55% de um ano antes.
Este indicador, que se obtém dividindo o lucro líquido pelos fundos próprios, mostra a rentabilidade de um banco e a sua capacidade de remunerar os acionistas com o capital que investiram, pelo que quanto mais elevado for, melhor é o desempenho dos bancos.
De acordo com o BCE, o aumento dos proveitos de exploração devido ao maior volume de negócios em resultado do aumento das receitas de juros - que subiram 24% em termos homólogos - foi o principal fator que contribuiu para o aumento do resultado líquido agregado em comparação com o ano anterior.
No terceiro trimestre de 2023, o BCE aumentou as taxas de juro em 0,5 pontos percentuais (0,25 pontos percentuais em julho e 0,25 pontos percentuais em setembro) para 4,5%.
Além disso, aumentou no mesmo montante a facilidade de crédito - que concede empréstimos aos bancos pelo prazo 'overnight' - e a facilidade de depósito - que remunera as reservas 'overnight' excedentárias - para 4,75% e 4%, respetivamente.
A rendibilidade dos capitais próprios variou entre 6,65% na Alemanha e 25,63% na Letónia.
No terceiro trimestre de 2023, a margem de juro líquida aumentou para 1,56%, face a 1,23% no ano anterior, embora com muitas diferenças estruturais entre países, uma vez que este rácio variou entre 0,89% em França e 3,9% na Letónia.
O Common Equity Tier 1 (CET 1), que mede a solidez financeira dos bancos, manteve-se inalterado em 15,61% no terceiro trimestre, com a Espanha a apresentar o valor mais baixo (12,6%) e a Estónia o mais elevado (23%).
No caso deste rácio, quanto mais elevado for, mais garantida está a solvabilidade do banco.
O rácio de empréstimos de cobrança duvidosa dos bancos da zona euro manteve-se estável em 2,27% no terceiro trimestre, enquanto o 'stock' de empréstimos problemáticos aumentou 2.000 milhões de euros para 345.000 milhões.
Além disso, o custo do risco manteve-se em 0,43%, enquanto o rácio de empréstimos de supervisão especial em relação ao total de empréstimos aumentou para 9,29%.
O total de empréstimos de supervisão especial ascendeu a 1,356 biliões de euros.
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